capítulo 22

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*Dean Winchester*

   Eu vou matar o Benny! Eu não acredito que ele fez isso comigo. E ainda tem a coragem de dizer que é meu amigo.

— Amor! — Eu disse da forma mais dengosa que consegui.

— Humm… — Foi o que recebi de resposta do homem nu ao meu lado.

   Isso é tortura, já estamos quietos a uns dez minutos e eu sei que ele não está dormindo. E ele ainda fica empinado essa bunda para mim. — Eu acho que eu vou morrer! — Isso não é justo.

— Você quer mesmo saber o meu segredo?

— Não vou te forçar a me contar. Se você não confia em mim então não precisa contar. — E ele ainda se perguntando aonde Jack aprendeu a ser tão dramático.

— Eu quero te contar. — Por conta da falta de iluminação não consigo vê-lo mas sinto ele virando na cama.

— Fala então.

— Eu transei com outro homem. — soltei sem rápido para não desistir.

   Um longo silêncio se fez, não houve nenhum movimento, nem o som de sua respiração eu conseguia ouvir. Castiel estava quieto e apesar de não ver nada pudia sentir seus olhos em mim.

   Alguns segundos depois senti ele se mexendo, ouvi um estalo juntamente com uma ardência em meu peito. Seu tapa foi certeiro. E ele não parou, levei mais uns dois antes de conseguir segurá-lo.

— Se acalma! Por que tá fazendo isso?

— VOCÊ ME FALA QUE TRANSOU COM OUTRA PESSOA E QUER QUE EU FIQUE CALMO!!

— Não foi agora seu maluco!!

— NÃO ME CHAMA DE MALUCO!! — Ele fez de tudo para que eu o soltasse, mas eu o montei e coloquei suas mãos presa a cima de sua cabeça

— FOI A ANOS ATRÁS!!

—  O QUE?

— PARA DE GRITAR!

— EU NÃO TÔ GRITANDO!! — Disse ele gritando.

— Vamos nos acalmar, eu vou te explicar.

— É bom que explique mesmo… — Ainda bem que o estou segurando pois tenho certeza que ele já teria me socado

— Tinha um cara, na escola, ele se assumiu gay para mim e disse que gostava de mim. Só que eu, com a minha cabeça de adolescente imbecil, meio que… fiz muito bullying com ele por conta disso. — Que bom que está escuro, jamais conseguiria dizer isso olhando em seus olhos. — A escola inteira descobriu e fizeram da vida dele um infeno.

— Foi você quem contou? — Meu Deus, eu consigo sentir a decepção em sua voz.

— Foi sim. — Admiti envergonhado. — O tempo passou e a formatura do ensino médio chegou. Benny e eu decidimos levar um pouco de bebida, nós estávamos na quadra bebendo escondido, e o Benny precisou sair para fazer alguma coisa. Esse cara entrou e começou a conversar comigo. Ele falou tanta coisa que eu nem ao menos me lembro. Mas tem uma coisa que eu me lembro perfeitamente, ele se ajoelhou na minha frente, tirou minha calça e começou e me chupar, e quando percebi eu estava fazendo sexo com um homem de baixo da arquibancada. Mas o que mais me deixa mal foi o que eu disse para ele depois.

— O que você disse?

— Eu d-disse q-que… aí meu cacete… eu disse que esperava não ter pego a “doença” dele

— Ele tinha alguma doença sexual… aaah entendi. — Droga, droga, droga e droga! Eu não deveria ter dito nada. — Você era um gay homofóbico, tô chocado.

Quando tudo mudou - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora