Caminhei em direção a senhora negra e baixinha em busca de respostas.
- Sra Moseley pode me contar com detalhes o que aconteceu.
- Claro! - Diz a senhora. - Comecei a ouvir alguns gritos, mas não sei exatamente o que falavam, e depois ouvi barulho de vidro quebrando e então chamei a polícia. Pobre Jô uma moça tão boa e tendo que passar por isso. - Diz a moça com um olhar abatido.
- Entendo, e o que mais? - Digo enquanto anoto tudo que a senhora havia dito. - Qualquer informação é válida.
- Logo em seguida liguei para os pais dela. Conheço a família a anos, não poderia deixá-los sem saber o que acontecia com a filha. - Diz enquanto encarava o senhor que era conduzindo por Sam até uma das viaturas. - Bobby chegou antes da polícia, arrombou a porta e viu Gordon sufocando a garota, Bobby foi para cima dele e o jogou no chão... - Abalada com toda a situação a senhor Moseley secou algumas lágrimas. - E começou a bater nele e eu fui ajudar Jô, ela estava desacordada então eu chamei uma ambulância. Eu não sei em que momento aconteceu mas Gordon pegou uma faca e partiu na direção de Bobby. - A senhora para por um segundo - ele só se defendeu, eu juro!
- Muito obrigado, Sra Moseley. - Digo fechando o bloco de notas. - Por enquanto é só.
Caminho em direção a viatura onde Sam está. Dei a ele um sinal com a cabeça, e ele logo entrou na viatura, e em seguida faço o mesmo. Observei o senhor pelo retrovisor e gravei bem algumas de sua características. Ele é um senhor que está por volta de seus 60 anos, cabelos castanhos, um pouco grisalhos, uma barba mal feita e também usava um boné surrado.
- Como minha filha está. - Não pude lhe dar as informações então ele logo se alterou. - Escuta garoto o que aconteceu foi horrível, mas estou com a consciência tranquila só de saber que aquele desgraçado nunca mais vai tocar na minha filha. Agora tudo o que eu preciso saber é se ela está bem!
- Ela foi encaminhada para o hospital. - Sam passa a informação enquanto fingimos não ter ouvido essa quase confissão. - Isso é tudo que sabemos, por enquanto.
*No hospital*
*Castiel*
Eu ainda não consigo acreditar no que estou vendo, ela parecia tão feliz nos últimos dias, não acredito que deixei uma coisa tão séria passar.
- Você tem que parar com isso! - Tomei um susto quando Gabe se aproximou. Eu preciso por um sininho no pescoço dele.
- Com isso o que?
- Eu conheço esse olhar, você está se culpando.
Jô, Gabe, Miguel e eu crescemos juntos, sempre estivemos lá um para o outro. Em momentos bons e nos ruins também. Meu primeiro emprego foi no bar do tio Bobby e da tia Ellen, eu amo aquele lugar e amo as memórias que criamos lá.
Gabe e eu estamos parados em frente ao quarto em que Jô está repousando. Jô teve ferimentos internos graves, mas conseguimos operar com sucesso, ela já está estável e não corre mais risco de vida.
- Ela tem alguns ferimentos que parecem mais antigos. - Me viro e me apoio no balcão. - Como eu não percebi isso antes, estamos sempre juntos saímos para beber ontem. - Respiro fundo tentando conter a raiva que estou sentindo. - Como deixei isso passar.
- Você não é o super-man Castiel. - Gabe repousa a cabeça em meu ombro e passa os braços ao meu redor me envolvendo em seu abraço. - Você sempre cuida das pessoas ao seu redor, não é atoa que decidiu virar médico, mas uma coisa dessas não dá para se prever. Ninguém tem culpa, ninguém além daquele desgraçado. - Meu pequeno irmãozinho corrige sua postura colocando uma mão em cada um de meus ombros e me vira para si. - Agora ela vai precisar de todo o nosso apoio para recomeçar.
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Quando tudo mudou - Destiel
Fiksi Penggemar- Você não sai da minha cabeça desde o momento em que te vi pela primeira vez Dean Winchester