Capítulo 11 - Parte 2

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Clímax - Parte 2


A limusine entra dentro de uma propriedade privada.

A fila de carros era imensa.

- Já chegámos? - Questiono enquanto observava o vasto jardim à nossa volta, iluminado com várias luzes solares dispostas à sua volta. Dava para ver que todo o território era bem cuidado, o jardim estava impecável com as suas majestosas estátuas de marfim expostas.

- Sim. - Aminoff confirma, enquanto passava um lenço de seda pela testa suada.

Paramos em frente à entrada que estava repleta de seguranças e fotógrafos.
As grandes janelas daquela mansão davam abertura para se observar os convidados que estavam aproveitando a noite.

A viatura para em frente à grande escadaria que dava acesso à entrada principal. A porta do meu lado direito é aberta por um concierge. Quentin é o primeiro a sair e logo em seguida Kenneth.
Antes de sair, respiro profundamente, tentando me mentalizar de tudo o que possa ocorrer essa noite.
Com tudo o que tem acontecido na minha vida, e com todos os sites de fofocas em cima de mim e do meu ex marido, tenho sido alvo de olhares julgadores por onde quer que vá.
E, sejamos sinceros, estar rodeada de pessoas mesquinhas na noite de hoje seria como entrar numa jaula de leões famintos.

- Senhora? - O concierge me dá a sua mão para que eu possa sair da limusine. Olho ao meu redor. Centenas de pessoas caminhavam para o interior do edifício, falando cordialmente enquanto lançavam sorrisos vazios umas para as outras.
Ah, as típicas festas de elite.
Papparazzis rodeavam a entrada para tirarem as melhores fotografias da noite para, no segundo seguinte, estarem em todos os sites possíveis.

Envolvo o meu braço no de Walsh enquanto Aminoff abre o nosso caminho.
Subimos a escadaria até chegarmos à porta principal da mansão.

Por fora, a mansão era de extremo requinte, o seu estilo arquitetónico me fazia lembrar das propriedades antigas da elite italiana como, por exemplo, a antiga casa dos Gucci porém, com uma nova reforma modernizada.

O seu tom taupe reluzia em contraste com o jardim esverdeado, a sua altura era grandiosa e tornava as pessoas em pequenas formigas.
Deveras uma casa típica de um barão americano.

- Belíssima Georgia Hammack! - Um homem alto, esbelto e já grisalho fala enquanto caminha na minha direção. O seu caríssimo terno aparentava o poder que aquele homem possuía. - É um prazer recebê-la na minha humilde residência.

- Obrigada. - Sorriu enquanto Laurance depositava um beijo suave na minha bochecha, não tirando os olhos de cima de mim, me fazendo ficar um pouco desconfortável. - Esse é o meu assistente e amigo, Kenneth Walsh.

- Um prazer conhecê-lo senhor. - Walsh o cumprimenta com um aperto de mãos. A feição de Brumontt muda, o seu ar encantador para comigo se tornou mais frio e áspero. Machista e racista, esse homem deve de ser o conjunto completo.

- Venha, irei apresentar-lhe aos convidados. - Laurance Brumontt pega no meu braço e me puxa para junto dele. - Quentin, leve Walsh para dentro.

O bafo a álcool daquele homem me fazia querer vomitar.
Ou talvez a sua fragrância exagerada.

- Devo de dizer que a madame está lindíssima esta noite. Um encanto para os meus olhos. - Ele me elogia enquanto passávamos pela porta principal de madeira branca e caminhávamos até ao salão central, onde estavam os restantes convidados.

- Obrigada, é muito amável da sua parte. - As palavras saem automaticamente da minha boca, a minha mente estava focada em absorver todos os detalhes do interior da casa e tentar perceber quem se encontrava neste local.
A tonalidade das paredes era escura, móveis de madeira maciça, carpetes que valiam salários milionários.

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