Capítulo 7

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Precedentes

Estaciono o meu Cadillac e saio do mesmo.
Antes de ir para a empresa, tirei um pouco da minha manhã para ir tomar café num dos meus estabelecimentos preferidos. Um lugar banal mas extraordinário.

- Bom dia.

- Bom dia madame. - Lexi, uma funcionária do estabelecimento, me cumprimenta. Como já sou cliente habitual, o pedido é sempre o mesmo. - Teavana frozen iced?

- Sim, por favor. - Uma das minhas bebidas preferidas do local.

- São sete libras por favor. - Estendo uma nota de dez, mas sou interrompida por uma voz.

- Fica por minha conta. - Olho para trás, vendo o homem do cachecol sorrindo, estendendo uma nota de vinte.

- Não precisa, sério! - Digo, continuando estendendo a minha mão.

- Eu disse que ficava lhe devendo um café... bem, um suco. - Ele ri alegremente.

- Tudo bem, eu pago duas tortas então. - Lexi fica confusa e aceita a nota dele. Reviro os olhos de forma brincalhona. - Obrigada.

Nos sentamos numa mesa.

- Pensei que nunca mais a veria, mas o destino decidiu brincar com a gente. - Ele ri. A energia desse homem é tão serena que eu fico logo relaxada.

- Já estou ficando habituada ao destino, ele tem me pregado com cada uma. - Rimos.

- Aqui estão os seus pedidos. - Agradecemos e continuamos conversando.

- Já que estamos sentados na mesma mesa, e talvez vá fluir alguma conversa, gostaria de saber o seu nome. - Digo, bebericando o meu sumo.

- Beckett. E o seu?

- Georgia, mas me trate por Gia. - Sorriu amavelmente.

- Tudo bem, me trate por Beck. - Ambos sorrimos.

- Sei que vai parecer um pouco idiota, mas o seu sotaque não é britânico, deduzo que você não seja de cá.

- E tem toda a razão, estou passando um pouco de tempo, posso até mesmo dizer que estou de férias pelo meu país natal. Sou de Nova Iorque.

- Veio de longe ein. - O olho surpreendida.

- Verdade, mas aqui eu me sinto em paz, fora daquela confusão nova iorquina. Já foi à América?

- Quase sempre estou lá metida. A trabalho, claro. - Bebo um pouco do meu sumo. - Ou para visitar a minha mãe.

- Mulher trabalhadora, pelo que eu ouvi. Trabalha onde? - Antes de responder, o meu celular toca.

- Perdão, mas tenho que atender. - Ele acena que sim com a cabeça e deslizo o meu dedo no ecrã. - Kenneth?

- Bom dia Gia, desculpe estar interrompendo, mas o estagiário já está cá e o trabalho já está feito. Não sei bem o que lhe dar para fazer agora...

- Tudo bem Kenneth, eu vou já para aí. - Desligo a chamada. - Perdão Beck, mas o trabalho chama. Neste caso, foi o meu assistente.

- Não há problema algum. Foi um prazer em conhecê-la.

- Digo o mesmo. - Sorriu. Esse homem ainda me irá surpreender no futuro. Eu sinto isso.

- Bom trabalho. - Ele se levanta e nos abraçamos rapidamente.

- Boas férias.

Saio do estabelecimento e entro dentro do meu carro dando, de seguida, partida para a Hammack Enterprise.

Above UsOnde histórias criam vida. Descubra agora