Capítulo 4

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Cachecol


Mexo-me dentro dos lençóis.

A minha cabeça continuava rodopiando, sentia-me enjoada, cansada. Tento abrir os olhos mas o cansaço era extremo, já para não falar na luz do dia que reluzia.

Faço uma pequena massagem nas minhas têmporas, para anuviar a dor de cabeça.

Com algum esforço, abro os olhos e pego no meu celular. 09:23.

Volto a pousar o celular na mesa de cabeceira, e fecho os olhos.

Abro-os rapidamente, olhando à minha volta.

Pego, novamente, no meu celular, de forma nervosa, e vejo as notificações. 8 chamadas de Kenneth, 1 do meu pai e várias mensagens não respondidas.

Merda.

Levanto-me e reparo que estou nua.

Que merda aconteceu ontem?

E onde raio eu estou?

- Bom dia, princesa. - Uma voz masculina ecoa no quarto. Uma voz que eu conheço. Olho para ele e ele para mim. Num ato de segundos me cubro com o lençol.

- Não olha! Vira a cara, pervertido! - Grito.

- Tudo bem. - Ele dá de ombros e se vira, rindo. - Mas cê tem noção que ontem à noite eu vi você nua. Lembra?

Lembrar eu não lembro, mas ainda sinto o seu toque na minha pele, todas as emoções que senti num espaço de minutos.

(N.A:  Se quiserem ler a parte do sexo entre Georgia e Nathan, podem ir ao Prefácio. Desculpem o incómodo.)

- Já pedi o café da manhã. - Nathan se senta na borda da cama para secar o seu cabelo com uma toalha. - Pedi também alguns comprimidos para enxaquecas. Cê teve a noite toda reclamando...

- Obrigada. - O meu olhar não desviava do seu corpo.

Eu nunca tinha feito nada igual. O único sexo que tive foi com Hendrick, era um sexo bom mas sem significado. E saber que você não é a única mulher com quem o seu marido fode é péssimo. Experiência própria.

Toda a minha vida, talvez desde que nasci, foi planeada. Até o meu próprio casamento, aquele que deveria ser escolhido por amor, não por um simples negócio.

Mas a noite passada não foi. Foi única.

E ótima.

Porém, não ter o controlo da minha própria vida, me embriagar de tal forma para ter relações sexuais com um desconhecido sempre esteve na minha lista negra de coisas a NÃO FAZER.

Mas aconteceu e não me arrependo. De todo.

Talvez quando estiver mais sóbria, me arrependerei.

Enquanto Nathan se arranjava, puxo o lençol comigo e vou para o banheiro, ignorando o riso interior de Ross.

Ligo o chuveiro, deixo o lençol deslizar pelo meu corpo e entro dentro do box. Encosto a minha cabeça na parede, ainda pensando em tudo o que aconteceu, enquanto a água morna escorria pela minha pele.

Duas mãos tocam nos meus ombros, acariciando os mesmos. Os dedos firmes faziam desenhos nas minhas costas enquanto os lábios beijavam o meu pescoço.

Viro o meu corpo, chocando com o dele, beijando os seus lábios carnudos logo de seguida.

Sentia a sua tesão por mim, e provavelmente ele sentia a minha.

Above UsOnde histórias criam vida. Descubra agora