Capítulo 4: Ciclo de Transmigração.
Pela manhã, eu despertei sem conseguir respirar bem, [Nome] estava acordada e mexia na bolsa parecendo procurar algo.
— Acordou cedo — falei ao me levantar e ela anuiu.
— Desculpe te acordar — sorri sem que ela visse.
— O que tanto procura?
— Minha blusa longa — suspirou — Tsk, acho que esqueci ela em cima da cama.
— Pode pegar uma minha — dei de ombros.
Quando estávamos prontos — para minha mais pura felicidade mais uma camisa minha teria seu cheiro —, saímos do quarto e eu paguei a hospedagem.
Mais uma vez, andávamos pelos becos sujos e frios.
— Estou com fome — [Nome] disse.
— Comemos assim que pegarmos a encomenda de Pain.
— Onde está os sanduíches que trouxemos?
— Dei a senhora que cuidou de você, na aldeia dela a moeda não tem mais valor — seu rosto ficou triste.
— Por Kami... como chegaram a isso? Por que esse lugar é assim, Itachi? — era uma boa pergunta.
— O Estado perdeu sua função social... A República se beneficia com essa situação, entende? — ela meneou a cabeça.
— Venda de órgãos... drogas, não é? — assenti, tinha muito mais...
— Escute, estamos chegando ao nosso destino, não aceite nada, mesmo que pareça muito bom ou que sejam muito gentil com você — seus olhos atentos me fitaram — Mate se for preciso e não deixe ninguém lhe tocar — falei parando em frente ao templo vermelho.
Sentia que alguém nos observava, mas não havia presença alguma. Tentei ver pelo corvo, mas não havia nada, absolutamente nada.
A neve cobria a cabeça do dragão no topo do telhado. O ambiente estava escuro e o cheiro de incenso era tão forte que chegava a ser insuportável. As frestas no telhado velho eram a única passagem de luz naquele ambiente. Podíamos ver os monges se moverem, mas o único som era das capas roçando uma na outra.
— O que deseja? — a voz baixa e desanimada questionou.
Ao meu lado, [Nome] espirrou duas vezes seguidas.
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Epitáfio - Itachi Uchiha
RomanceItachi X [Nome]. O que você escreveria na sua lápide se tivesse desejado o consolo da morte por anos a fio? [Nome] entrou na minha vida quando ainda éramos crianças e já maduros, voltamos a nos encontrar. O que eu podia fazer quando nossos caminhos...