O Compasso de Nossas Almas

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Capítulo 17: O Compasso de Nossas Almas.

      Acordei pela madrugada com uma ansiedade esquisita

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      Acordei pela madrugada com uma ansiedade esquisita. Eu não me sentia assim quando dormia com [Nome]. Fiquei um tempo parado regulando minha respiração até notar a garota em meus braços. Ela estava tensa.

      Então começou a me apertar e ter espasmos nervosos. Passou a balbuciar coisas desconexas em um choro contido.

      — Na-não... Ita — soluçou.

      — [Nome] — chamei balançando seu rosto em minha mão —, acorde.

      Ela continuou presa no sonho. Tentei outras vezes mas não funcionou.

      Me endireitei a trazendo para mim, afagava seus cabelos esperando que aquilo passasse. Mandei minha mana para ela tentando me conectar e tranquilizá-la, mas seu pânico estava me tomando de uma maneira terrível.

      Ela rangeu os dentes e grunhiu em uma dor dilacerante. O psicológico é algo fisicamente intangível em um ser humano, uma vez afetado ele passa a desestabilizar todo o resto.

      — Itachi — seu soluço entrecortado rasgava meu coração e eu fiquei ali, desesperado.

      Só queria que ela acordasse logo, a acolhi mais e seu rosto se enterrou em meu peito nu. Senti ela inspirar meu cheiro e continuei trocando chakra com ela... Algo que eu não sabia ser possível até um tempo antes, contudo, eu também não fazia ideia que fazer isso me faria ter acesso aos sentimentos dela. Comecei aquilo para que ela soubesse que eu estava ali.

      Mas além disso, eu estava conectado a dor dela e era muita. Meu coração se apertou ao ponto das lágrimas descerem pelo meu rosto. Era confuso, eu não sabia o motivo apenas o sentia seu medo e ansiedade.

      Naquele momento, nossas almas estavam no mesmo compasso.

      — Ita... — ela despertou e me encarou trêmula.

      Puxou meus braços olhando os meus pulsos e respirou aliviada, mas então, voltou a chorar copiosamente. Os soluços pareciam sufocá-la.

      — Ei, respira — pedi segurando o rosto dela.

      Seus olhos focaram nos meus e se encheram mais.

      — Eu não quero te perder — disse com dificuldade pelos sopapos do diafragma.

      — Foi só um sonho ruim, nada vai acontecer — sussurrei selando sua testa.

Epitáfio - Itachi UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora