Cap. XXVII - Palavras ousadas

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O beijo durou por mais alguns minutos, tornando-se mais intenso a cada vez. Tyler desceu o beijo até o pescoço, onde deixou uma leve mordida.

Wednesday para e o olha perplexa.

- O que foi? Te machuquei? - ele pergunta.

- Eu só não imaginava que fosse tão ousado. - ela diz o olhando seriamente.

- Sou tanto quanto você. Talvez até mais. - diz deixando outra mordida no mesmo local, e logo o acariciando com a língua.

Wednesday arfava, mas ainda queria manter o controle sobre a situação.

Então, ela decidiu também mostrar as suas garras, uma demonstração sutil de agressividade. Cravando parte de suas unhas na cicatriz que havia no peito do rapaz, sob a sua camiseta.

- Puta merda! - diz a olhando. No rosto da garota havia um sorriso travesso. - Tudo bem. Já que quer assim... - ele diz a segurando pelos quadris.

- Hora de brincar, gatinha. - diz Tyler, com um sorriso maldoso estampado em sua face.

- Queria dizer que o seu sorriso é aterrorizante. Mas não é nada além de atraente. - ela diz, sarcástica.

- Pelo menos se sente atraída. Já é um bom começo. - Tyler diz.

- Me sentiria mais se estivesse assustada. - ela diz o fitando com um brilho em seus olhos. - O horror me excita. - ela diz chegando mais próxima ao seu ouvido.

- Pois então, prepare-se. Tentava pegar leve com você. Mas, se prefere assim, posso perder o controle. - Tyler afirma com um semblante sombrio.

- Que assim seja. - ela diz em resposta.

Seu corpo estava arrepiado pela tonalidade da voz de Tyler e sua expressão facial fria e impassível.

Tyler tira, sem a menor delicadeza, tudo que antes estava sobre a mesa, jogando Wednesday sobre ela.
Seus beijos vorazes alcançam todo o contorno de sua mandíbula. Deixando algumas mordidas no local, ele segue até a extensão do pescoço de

Wednesday, encontrando uma veia aparente e solitária, pertencente à artéria principal.

Tyler, então, para todos os seus movimentos bruscos anteriores para admirar a pele gélida exposta de Wednesday.
Ele sabia que a garota entregou o seu corpo e o poder da vida em suas mãos.

Com isso em mente, a sensação tentadora de agarrar a sua jugular e a deixar sem o ar que a faz respirar domina a sua força de vontade, o fazendo segurar firmemente ao pescoço da jovem, a deixando fraca.

Porém, por mais que isso o excitasse, decidiu ir por outro caminho. Ele descobriu que se importava mais com Wednesday do que com qualquer outra pessoa que já esteve em sua vida.

Tyler gostaria de fazer com que ela tenha tanto prazer quanto ele, ou até mais.

- Desistiu de colocar em prática seu pensamento homicida? - Wednesday diz, com a voz baixa e falha.

- Não. Quero imobilizar seu corpinho e mata-la com minhas mãos macias e precisas. Mas não agora. Ainda é cedo. - diz Tyler, mostrando nada além de indiferença em sua expressão.

- Então, o que fará para passar o tempo? - ela questiona.

- O quê acha sobre tortura? Eu, particularmente, acho interessante esta prática milenar. - ele a responde com mais uma indagação.

- Acho prazeroso. Porém, apenas se for eu quem o faz. - Wednesday responde.

- Vamos brincar de o Mestre mandou? - ele indaga com um sorriso cafajeste em sua face. - Podemos trocar os papéis por um instante. A não ser, que você não esteja disposta a deixar o poder. - ele finaliza em um tom provocante.

- Haha. - Wednesday inicia com uma risada forçada e sarcástica. - Se isso é o que pensa, está enganado. - ela completa com um leve sorriso.

- Haha. - Tyler a responde da mesma forma. - Já que diz. Você é quem manda Mestre. - ele completa.

- A sua Mestre mandou... - Wednesday inicia o fitando intensamente, prestes a ordena-lo.

***

Aviso ⚠️

Este capítulo inicia uma nova fase narrativa do livro, na qual focarei principalmente no gênero Dark Romance/Literatura gótica, de caráter descritivo e passagens eróticas.

Caso não goste do gênero, ou deste tipo de conteúdo, os avisos estarão logo no início dos capítulos recorrentes.

Não me torno responsável por gatilhos gerados à partir da leitura dos mesmos.

Nos capítulos a seguir, podem conter:

• Violência.

• Insinuação sexual.

• Sadismo.

• Linguagem Imprópria.

• Conteúdo erótico e impróprio para leitores menores de 16/18 anos.

O Corvo e o Cisne Negro Onde histórias criam vida. Descubra agora