O abandono [MIN YOONGI]

capítulo 20 - sonho ou pesadelo?

Num certo momento
da vida, não é a
esperança a última
a morrer, mas a
morte é a última
esperança.

Leonardo Sciascia

°°°

*Yuna on*

O baile já estava terminando, e sinceramente o que eu mais queria era ir embora.

Algumas vezes durante o baile a Hana e o Jimin riam de alguma piada que o Jungkook fez e eu dava um sorriso forçado para não mostrar o meu desânimo.

A verdade é que já fazem alguns dias que eu ando desanimada, com um vazio imenso dentro do meu peito, sentindo que minha vida não tem mais sentido.

E realmente, fingir estar feliz não é para mim.

O Jimin e eu nos despedimos da Hana e do Jungkook, fomos para um ponto de táxi na intenção de irmos embora, mas não tinha nenhum táxis nos pontos por causa do horário então liguei para a minha mãe que logo atendeu.

*Ligação on*

S/n: yuna!?

Yuna: mãe, não tem nenhum táxi nos pontos, a senhora pode vim buscar eu e o Jimin?

S/n: posso sim, mas vocês estão na escola ou ainda estão no ponto de táxi?

Yuna: estamos na escola.

S/n: certo, vou só colocar uma roupa por que estou de pijama e daqui a uns 15 minutos eu chego aí.

Yuna:ok.

*Ligação off*

Jimin: ela vem buscar a gente? - se refere a minha mãe enquanto sentava no meio fio em frente a escola.

Yuna: vem sim - sento ao lado dele e olho para a rua.

Jimin: Yuna - viro meu rosto na direção dele e o encaro - você está bem?

Quando ele me perguntou isso eu simplesmente gelei e não consegui o encarar, então eu voltei a olhar para a rua e disse:

Yuna: estou sim - tentei mostrar o máximo de confiança possível na minha fala, mas pelo que tudo indica ele não acreditou muito.

Jimin: olhe para mim - disse gentil - olhe para mim, Yuna - virei meu rosto na direção dele, mas encarei o chão. Ele colocou a mão na minha bochecha dando um leve carinho no local e disse:- você sabe que pode contar comigo para tudo, né?

Yuna: sei sim, mas eu não quero te incomodar com meus problemas - senti uma lágrima solitária descer pela minha bochecha.

Jimin: oh pequena, você não me incomoda - me puxou para um abraço - se quiser me contar o que aconteceu ou desabafar é só me ligar, ok? - assenti ainda no abraço.

O abraço do Jimin era como um calmante para mim, nele eu me sentia segura, sentia uma certa paz.

Nos separamos do abraço quando ouvimos uma buzina, era minha mãe.