UM EMPREGO

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Caetano: O que está fazendo aqui? Nós não nos despedimos ontem? Até onde eu lembro, você disse que não nos veríamos mais.

Antony estava de bom humor, o que era muito atípico para ele. A mente de Caetano dizia que ele devia ser duro, mas sua parte mais fraca desejava sentir o toque dele novamente.

Antony: Bem, mudei de ideia. Posso entrar?

Caetano: Ok, entre. Estou curioso para saber o que você quer de mim.

Antony: Não se preocupe. Estou aqui a negócios. Ouvi que você está oferecendo empregos.

Caetano: Ah, está falando sobre a fazenda? Ok, entre. Afinal, a casa é sua.

Ele se sentiu aliviado por ouvir que Antony não veio falar sobre a filha deles. Ainda assim, não entendia bem o que ele queria em relação ao trabalho que mencionou.

Antony deu um passo à frente, mas enquanto passava por Caetano, ele tocou levemente o corpo dele. Caetano sabia que ele fez isso de propósito, mas ainda não conseguiu evitar de soltar um suspiro.

Caetano: Sente-se, Antony.

Antony: É bom estar aqui de novo.

Caetano: Bem, essa é a sua casa.

Antony: Costumava ser minha. Agora é sua.

Caetano: Sou grato por você ter me dado essa casa, você não deve duvidar disso. Você me ajudou muito e eu sou grato por isso.

Antony: E já que é grato pela minha ajuda, agora eu preciso da sua.

Caetano: Você precisa da MINHA ajuda? Como eu posso te ajudar?

Antony: Pérola, o mero fato de você estar aqui na minha frente já é uma forma de ajuda. Mas eu quero um trabalho.

Caetano: Mas o que isso tem a ver comigo? Que tipo de trabalho você quer de mim?

Antony: Eu ouvi que você está procurando gente para trabalhar na fazenda.

Caetano: Não posso decidir isso sozinho. O David e eu começamos esse negócio juntos. Eu tinha o terreno e ele tinha o capital. Nós arriscamos e agora os nossos vegetais são vendidos em mercados grandes. Nós decidimos usar as máquinas que estavam no velho hangar.

Antony: Parabéns! Você sempre conseguiu atingir qualquer objetivo que decidia.

Caetano: Não foi nada fácil. Se eu lembro bem, você também era muito persistente.

Antony: Ainda sou, Pérola. Agora mesmo estabeleci um novo objetivo pra mim, algo mais bonito e melhor. Algo que deve durar para sempre.

O coração de Antony balança de medo e excitação. Sim, Antony tinha um objetivo, isso era certo. Só que dessa vez não tinha nada haver com voar.

Caetano: Ok, então. Preciso que o David confirme, mas acho que você pode trabalhar. Você é forte e nós precisamos de trabalhadores assim.

Ele queria fazer Antony ir embora o mais rápido possível porque sentia que seu corpo ia lhe entregar. Ele poderia facilmente correr até Antony e se perder no seu abraço.

Antony: Ok, obrigado.

Caetano se levantou pensando que a conversa tinha acabado. Contudo, Antony mostrou que ele estava errado quando levantou e tirou o seu moletom.

Caetano: O que você está fazendo?

Antony: Eu preciso ficar confortável. Nós ainda não entramos num acordo sobre as condições.

Caetano: Eu não tenho tempo para isso agora, Antony.

Antony: Se você tem que trabalhar, então eu vou embora. Mas vou voltar.

Caetano: Não, tem razão. Podemos ajeitar isso agora. Mas rápido. Você quer saber sobre as condições, certo?

Antony: Sim. Apesar de que eu vou aceitar o que você tiver pra oferecer.

Caetano: Então, você vai ficar?

Antony: É claro.

Caetano estava perdido em pensamentos e não ouviu o que ele estava dizendo.

Antony: Caetano, você está me ouvindo?

Caetano: Por favor, fique quieto, porque...

Naquele momento, Pérola entrou na sala.

Pérola: Paiiiiiê!

Continua...

O toque da Besta 2 (Romance Gay+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora