A FUGA DO MANICÔMIO ²

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Antony: ( Eu tenho que ir para a fazenda antes que seja tarde! )

(...)

Caetano ficou chocado quando afastou a cortina e viu a mãe de Antony.

Pérola: Papai, quem é ela?

Caetano: Ah, ninguém importante, querida. Só fique na cozinha, ok?

Amélia: ANTONY! FILHO!

Caetano: ( Ah, droga! Eu não tranquei a porta! ) ELE NÃO ESTÁ AQUI.

Amélia: NÃO ESTÁ? QUE PENA. EU VIM ATÉ AQUI PARA FALAR COM ELE. HOJE É UM DIA ESPECIAL, ACHO QUE TEM MUITAS COISAS QUE NÓS PRECISAMOS RESOLVER. JÁ É HORA. FUI EU QUEM DEU A VIDA A ELE, AFINAL.

Caetano podia sentir algo estranho na voz dela que lhe causava arrepios.

Caetano: SINTO MUITO, MAS ELE NÃO ESTÁ AQUI.

Amélia: CAETANO, VOCÊ ESTÁ AQUI, CERTO?

Caetano: SIM, MAS TENHO TRABALHO A FAZER E NÃO ESTOU VESTIDO APROPRIADAMENTE.

Amélia: AH, TUDO BEM, ENTÃO EU ESPERO POR ELE AQUI. ELE É O ÚNICO QUE EU TENHO. FINALMENTE ME SINTO BEM E QUERO FALAR ISSO PARA ELE!

Pérola: Papai, quem é ela?

Caetano: Ah, querida, você me assustou. Bem, essa é... uma mulher que conhece o seu pai.

Pérola: Você não vai convidar ela pra entrar?

Caetano: Não, meu bem. Não deixamos pessoas desconhecidas entrarem em casa.

Pérola: Ah, sim.

Amélia : QUERIDO, PODE ME TRAZER UM COPO DE ÁGUA, POR FAVOR? ESTOU COM TANTA SEDE.

Caetano: AMÉLIA, EU JÁ FALEI, NÃO ESTOU VESTIDO. NÃO POSSO SAIR E ESTOU OCUPADO. NÃO POSSO CONVERSAR COM VOCÊ. POR FAVOR, VOLTE DEPOIS, QUANDO O ANTONY CHEGAR.

Então ele falou com Pérola.

Caetano: Por favor, filha, vá para o seu quarto e tranque a porta.

Pérola: Ok, papai.

Mas a menina começou a correr e caiu de repente.

Pérola: Papai, minha perna!

Caetano: Filha, o que aconteceu?!

Ele correu para ajudar a sua filha e foi a pior decisão que poderia ter tomado. Assim que Caetano se distanciou da porta, Amélia invadiu a casa.

Amélia: Olá!

Caetano: ...

Amélia: O quê? O que ele te falou sobre mim que te fez me olhar desse jeito?

Pérola: Papai?

Pérola estava escondida atrás do seu pai.

Caetano: O que você quer? Por favor, saia da minha casa e espere o seu filho. Quando ele voltar, você pode falar com ele. Você não tem nada para falar comigo.

Amélia: Você não pode me dar ordens. Não é a minha médica. Eu não tenho que te dar ouvidos! Vocês todos são tão espertos! a propósito, quem é essa falando atrás de você?

Caetano: Ninguém! Agora, por favor saia e espere pelo Antony lá fora.

Amélia: Hahaha. Você acha que eu sou doida, não acha? Que eu estou ouvindo vozes? Não, não estou. Quem quer que seja, saia daí!

Pérola: Papai, eu estou com medo.

Ela sussurrou essas palavras para o seu pai, mas Amélia a escutou. Caetano congelou quando viu Amélia tirar algo do bolso.

Amélia: Vamos, querida. Saia para eu poder te ver. Não vou fazer nada de ruim com você. Eu só quero te ver.

Pérola apareceu e ficou ao lado do seu pai, segurando as roupas dele.

Amélia: Ah! Alice!

Pérola: Meu nome não é Alice.

Amélia: Ah, sim! É sim! Você é a Alice.

Amélia deu um passo na direção de Caetano e Pérola.

Caetano: Não chegue mais perto! O que nós te fizemos para você torturar a gente assim?

A faca de Amélia caiu no chão, o que ocupou a atenção dela, e Caetano usou essa chance para correr até a cozinha e pegar uma faca de açougueiro.

Caetano: VÁ PARA O SEU QUARTO, PÉROLA, TRANQUE A PORTA E FIQUE LÁ!

Pérola obedeceu e Caetano suspirou aliviado quando ouviu sua filha virar a chave.

Caetano: Não vou deixar você machucar a minha filha!

Amélia: Eu não quis acreditar quando um tempo atrás a sua mãe me falou que você podia engravidar. A Alice vai vir comigo!

Caetano: Me escute, sua doida! Minha filha não vai a lugar nenhum, mesmo que custe a minha vida! E você... você vai voltar pro seu lugar!

Ele apertou a faca ainda mais forte e levantou a cabeça. Caetano não tinha medo de enfrentar Amélia, apesar de saber que a mulher era louca e, portanto, podia ser muito perigosa. Elas se encaram quando, de repente, um telefone começou a tocar. Caetano sabia que era o seu telefone e ela também sabia quem estaria ligando.

Amélia: É ele, não é? O Antony está te ligando, certo? Ele não me ligou uma única vez desde que me colocaram naquele hospital.

Caetano: Por que ele se importaria com você depois de tudo que fez com ele? Ele mal conseguiu escapar! Você não merecia a atenção e o cuidado dele.

Amélia: Não, o problema é o que ELE fez comigo! Ele me colocou num manicômio apesar de eu não ser louca. Só estou doente. Eu perdi tudo que tinha, e ELE é o culpado! Aquele a quem eu dei a luz!

Caetano: Isso não é verdade! Não foi ele que fez isso com você, foi a vida. Pense em como ele se sentiu tendo que viver com isso. O culpado não foi o Antony, mas o louco que bateu no carro dele!

O telefone continuou tocando com persistência, e então Amélia atendeu.

(...)

Antony: Atenda, Caetano! Por favor, atenda!

LIGAÇÃO INICIADA.

Antony: Caetano! Me escute! Tranque a porta e não deixe ninguém entrar!

— Hahaha. Ora, ora, pra! Se não é meu filho que nem liga para sua mãe!

LIGAÇÃO ENCERRADA.

Antony: Droga! Ela já está lá!

(...)

Caetano conseguiu desviar por um fio quando Amélia jogou o telefone contra ele. O telefone caiu e bateu no chão.

Amélia: Aquela garota. Ela é do meu sangue. Eu reconheço os olhos. Ela sempre vai ser amaldiçoada!

Caetano: Não mencione a minha filha! Ela não tem nada a ver com você! Ela pertence aos pais dela! Ela é filha do Antony, mas minha também.

Amélia: Que pai maravilhoso ela tem! Que esteve longe por seis anos! Você ficou sozinho esse tempo todo, não foi? Mas a pensão que você conseguiu valeu muito a pena! Uma fazenda! Muito bem! É de tirar o chapéu para você! O que mais ele te deu? Alguma doença, certo?

Caetano: Por que você está fazendo isso? Por que você está aqui? Se fizer algo ruim, você não vai se safar!

Amélia: Eu já fui punida! Fiquei trancada naquele manicômio por anos. Não sou feliz. E se eu não sou feliz, ele também não vai ser!


Continua...

O toque da Besta 2 (Romance Gay+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora