O toque da Besta 2 (Romance Gay+18)

FORÇA AÉREA REAL

Caetano: Não vou deixar você ofender ele. Antony é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Sei que você tem ciúmes porque no fim, ELE conseguiu o que VOCÊ queria. Eu escolhi ele e não você, por isso você me odeia. Não consegue me enganar, Leandro. E não tem porque discutirmos já que deixamos tudo bem claro entre nós dois muito tempo atrás.

Leandro: Não tenho intenção de discutir.

Caetano: Então por que veio? Nós não temos nada para conversar.

Leandro: Só queria ter certeza de que era você. Para ver como se parece agora, dizer um oi. Eu tenho boas maneiras, diferente daquele...

Caetano: Ok, Leandro, agora chega! Você me viu, agora vá embora. E não precisa se preocupar comigo porque eu estou bem.

Leandro: Sim, infelizmente, vejo que você está confortável naquele... relacionamento. Sei que não são casados, é a primeira coisa que todo mundo me fala sobre você. Estão todos confusos, não entendem o porquê, mas eu sei bem. Ele não te ama, Caetano. Se amasse, ele ia querer que você fosse o seu esposo. Como o Leandro quis. Ele te amou sinceramente, ele ficaria envergonhado de te ver agora, ver como você caiu.

Caetano: Cale a boca, Leandro! Cuide da sua vida e me deixe em paz! Essa é a minha vida e eu vou viver ela do jeito que eu quiser. Não ligo para o quê você ou qualquer outra pensa disso.

Naquele momento Caetano notou algumas pessoas paradas por perto, observando a discussão. Ele se sentiu envergonhado porque não era o tipo de pessoa de ficar bravo com alguém, e não queria ser visto dessa forma.

Caetano: Eu não tenho mais nada para te falar e estou com pressa, então tenho que ir agora. Tchau, Leandro! Te desejo tudo de melhor e não tenho nada contra Você. Somos livres para viver do jeito que quisermos, não importa se alguém gosta ou não.

Leandro: Ok, Caetano. Te desejo tudo de melhor também. E cuide de você e da sua garota. Você mora com um touro furioso, ele pode te atacar quando menos espera.

Quando Leandro foi embora e as pessoas se afastaram, Caetano se sentiu esgotado.

Depois de andar pelas ruas da cidade sem rumo por meia hora, Caetano tinha que ir para casa para não fazer sua filha e Antony se preocuparem. Mas quando ele estava se aproximando da fazenda, podia ver um veículo de longe. Haviam letras nele, mas Caetano não conseguia ver direito. Conforme ele se aproximava, foi ficando claro que era uma van. E as letras ficaram visíveis também.

Caetano: ( Meu Deus! Força Aérea Real! O que eles estão fazendo aqui? )

Ele começou a andar até o veículo e então parou abruptamente. Seu coração parou por um segundo depois da cena que ele viu. Antony estava falando com um homem vestido com o uniforme da Força Aérea.

Caetano: ( Não! Eles vieram levar ele embora! )

Ele decidiu chegar mais perto e ouvir o conversa deles.

Antony: Comandante Ricardo!

Ricardo: Antony Knox, é um prazer ver você de novo.

Eles apertaram as mãos e Caetano não deixou de notar que Ricardo carregava um envelope.

Caetano: ( Um novo contrato para assinar, provavelmente. )

O corpo dele tremia, como naquele dia seis anos atrás, quando o carteiro trouxe a Antony a carta sobre o seu retorno à Força Aérea.

Antony: Entre, Comandante!

Ricardo: Estou aqui a negócios, então não posso ficar muito tempo. Vim até aqui de Markham por sua causa, Antony.

Antony: Por minha causa? E é sobre trabalho?

Ricardo: Isso mesmo.

Caetano: ( Vá em frente! Diga logo! Por que você está aqui? )

Ele estava gritando essas palavras na sua mente, se sentindo agitada.

Ricardo: Sim, é sobre trabalho. Nós precisamos de alguém para ocupar o meu cargo. Eu vou me aposentar em breve. Eu indiquei você para essa posição, então estou lhe oferecendo um emprego.

Antony: Mas não é assim que a Força Aérea escolhe os empregados, até onde eu lembro.

Ricardo: Sim, você mesmo sabe que as coisas não funcionam assim lá, mas essas não são as circunstâncias normais, então eles aceitaram o meu pedido.

Caetano: ( Eu não tenho mais esperanças...)

Continua...