PROXIMIDADE

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Mais tarde, enquanto estavam na sala de estar esperando o veterinário chegar, Caetano decidiu falar com Pérola.

Caetano: Filha, o médico vai examinar o Jôjô, mas você sabe que ele é velho e...

Pérola: E o quê, papai?

Caetano: Ele não vai estar aqui por mais muito tempo. Alguma hora ele vai ter que ir... embora.

Pérola: Mas pra onde?

Caetano: Ah... para o céu!

Pérola: Você quer dizer que ele vai voar? Como o príncipe do conto de fadas, certo? Aquele que está voando no céu e não pode te ouvir quando você diz que ama ele?

Caetano estava olhando para a sua filha surpresa, enquanto ele conseguia sentir o olhar de Antony nas suas costas.

Caetano: Sim, ele vai para o céu voar. E escute: quando ele voltar para o chão, vai ser jovem de novo! Então você vai ter que fazer tudo de novo: dar banho nele, dar comida, levar para passear. O que você me diz?

Pérola: Uau! Isso é tão legal.

Antony: Sim, é muito legal.

Caetano: Ah, acho que eu ouvi o som de um carro. Vem, Pérola, vamos checar.

O veterinário confirmou a suspeita deles. O cachorro ia morrer, inevitavelmente. Era só uma questão de tempo. Quando ele foi embora, Pérola não quis dormir. Ela achou difícil se separar do seu amado cão.

Caetano: O que você acha de deixar ele dormir aqui? Nós podemos fazer uma cama para ele perto da lareira.

Pérola: E eu posso dormir com ele, papai?

Caetano: Não, meu bem, você não pode.

Pérola: Então eu posso dormir com você?

Caetano: Sim, filha.

Pérola: Mas quem vai dormir com o Jôjô? Ele vai ficar sozinho aqui.

Antony: Eu posso dormi com ele aqui.

Caetano olhou para Antony e percebeu que ele também estava angustiado. Era o cachorro dele, afinal.

Caetano: Tudo bem, você pode passar a noite aqui com o Jôjô. Me chame se precisar de alguma coisa. Vamos, Pérola. Vamos nos arrumar pra dormir. Os garotos vão passar a noite na sala e as garotas, no quarto.

.

.

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Aquele estado durou por alguns dias, e então numa manhã Pérola acordou antes do seu pai e correu para a sala de estar. Alguns instantes depois ela correu de volta para o quarto, para acordar o seu pai.

Pérola: Papai! Papai!

Caetano: Oi, filha, o que foi?

Pérola: Vem para sala, agora! Ele vai voar!

Quando ele entrou na sala, ficou impactado pela visão incomum. Antony estava cobrindo o corpo sem vida do cachorro e lágrimas estavam descendo pelo seu rosto. Pérola foi até lá e começou a abraçar ele enquanto os dois choravam. Caetano não conseguiu parar as lágrimas também. Ele se aproximou deles, os abraçou e os três choraram juntos.

Pérola: E quando ele vai voltar a ser jovem?

Caetano: Logo, querida.

Antony: Ele vai voltar logo, Pérola. Agora vá tomar café com o seu pai. Jôjô e eu voltamos daqui a pouco.

Ele pegou o cachorro nos seus braços e saiu. Pérola não estava tão triste porque ela não entendia exatamente o que aconteceu com o cachorro e acreditava que ele realmente voltaria.

DUAS HORAS DEPOIS...

o carro de Antony parou na frente da casa e logo ele veio carregando uma caixa. Assim que ela o viu, Pérola começou a correr até lá para cumprimentá-lo. Ela estava encarando a caixa como se soubesse o que tinha dentro.

Antony: Eu disse que nós voltaríamos. Bem, aqui estamos, nos dois!

Ele colocou a caixa em cima da mesa e a abriu. Pérola gritou de felicidade.

Pérola: Jôjô! Olha, papai, é o Jôjô bebê! Ele é tão fofo!

Pérola: Jôjô! Olha, papai, é o Jôjô bebê! Ele é tão fofo!

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Ela tirou o cachorro da caixa e foi com ele mostrar os seus brinquedos. Caetano olhou para Antony.

Antony: Não se preocupe, eu cuido deles. Eu sei que trouxe responsabilidades, mas não duvide de mim, ok?

Caetano: Ok. Vou deixar o cachorro ficar, mas nós temos que definir algumas regras.

Antony: Sim. Me escute, Pérola. Um cachorro precisa ser levado pra passear regularmente, pra ir no banheiro.

Pérola: Ok.

(...)

Daquele dia em diante, Antony dormiu na casa deles, no sofá. Enquanto o cachorro dormia no lugar que eles reservaram para ele. Caetano dormia sozinho no quarto dele, e enquanto estava tentando pegar no sono, seus pensamentos viajavam para a sala, para o homem que está deitado lá e sonhando sabe-se lá com o quê.

Caetano não era imune aos frequentes olhares dele na sua direção, nem aos seus toques ocasionais enquanto passava por ele. Então, uma noite, enquanto Caetano estava dormindo, uma mão tocou seu ombro e o fez acordar num susto.

Antony: Caetano, acorde!


Continua...

O toque da Besta 2 (Romance Gay+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora