CASA INVADIDA

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Caetano: O que está acontecendo, Antony?

Antony: Eu tenho que ir para Oxford.

Caetano: Ah, ok. Mas está tudo bem?

Antony: Sim, está tudo bem agora. Amanhã é o aniversário da morte da minha irmã. Eu sempre visito o túmulo dela nesse dia, e o do meu pai também, no dia seguinte. Não consigo descrever como é difícil perder a sua irmã e seu pai em dois dias. Eu costumava ir ao túmulo deles todo ano. Tinha que me preparar mentalmente antes, eu esqueci completamente disso esse ano. Passei meu tempo pensando nas pessoas que estão vivas e respirando. Ele que me ensinou a andar, falar, comer, voar, e ela era o centro do meu mundo, e eu era o seu protetor. Eu esqueci deles, Caetano.

Caetano: Não se preocupe, Antony. Eu entendo que você tem a consciência pesada, mas vai passar.

Antony: Caetano, não é só isso. Eu tenho um mal pressentimento. O sonho que eu tive agora... é como se fosse um mau pressentimento que algo horrível possa acontecer.

Caetano: Me conte sobre o quê foi o seu sonho. Solte tudo, você vai se sentir melhor depois.

Antony: Obrigado por querer me ouvir. Meu sonho foi assim: eu estava deitado na escuridão, estava frio. De repente, ouvi a voz da minha irmã me chamando para ir salvar ela. Ela estava em perigo e assustada. Ainda assim, não consegui me mexer. Senti como se algo estivesse me segurando no chão. Ela estava me implorando pra salvar ela, dizia que estava com frio, mas eu não conseguia.

Caetano: Ah, Antony... não se preocupe, é só um sonho, nada além. Depois de visitar o túmulo deles, vai se sentir melhor e isso vai parar. Eu gostaria de ir com você, mas não posso. O trabalho na fazenda vai começar em breve e os primeiros trabalhadores chegam na segunda. Tenho que preparar tudo porque logo vamos todos começar a trabalhar.

Antony: Eu sei. E estou ansioso para isso. Vou voltar no mesmo dia. Acho que também vou passar pela nossa casa lá.

Caetano: Sim, isso pode te ajudar a se acalmar. Afinal, você vai voltar no mesmo dia, como você mesmo falou.

Antony: Sim, definitivamente, agora tenho alguém me esperando voltar.

O relacionamento deles parecia bem, apesar de eles não conversarem abertamente. Ainda assim, a mudança de atitude de Caetano dizia a ele que estava chegando perto do que queria. Então Antony não queria ficar longe por muito tempo agora que a situação era boa.

Caetano: Você vai se apressar se eu te falar que... vou sentir a sua falta? Que eu vou estar pronto, esperando você voltar?

Antony: Hm... isso é bom... você esperando eu voltar. Esperando com as suas pernas abertas?

Caetano: Hahaha. Bem, você precisa se esforçar um pouco mais ao invés de querer tudo numa bandeja de prata.

Naquela noite Antony teve tudo. Eles estavam mordendo e beijando um ao outro como se fosse a sua última noite juntos. Caetano não ligava para as marcas dos dentes dele na sua pele, nem Antony se incomodava com os arranhões das unhas dele nos seus ombros. Eles queriam que fosse visível o fato de eles pertencerem um ao outro, como animais marcando o território.

Na manhã seguinte, enquanto Antony estava no banheiro, Caetano foi se vestir para que ele e Pérola pudessem se despedir dele.

Caetano: Estou pronto, Antony.

Caetano: Estou pronto, Antony

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Antony: Uau! Quando eu vejo você sexy assim, faz eu querer lhe trancar aqui para fazer algumas das coisas safadas que você adora.

Caetano: Hahaha. Infelizmente, nós temos que deixar isso pra outra hora.

Depois do café da manhã, era hora de Caetano e Pérola se despedirem de Antony.

Pérola: Tchau, papai!

Caetano: Tchau, Antony!

Antony: Tchau, princesas! Vejo vocês hoje à noite!

Elas viram o carro dele desaparecer ao longe. Caetano teve uma sensação estranha. Como no dia em que ele se despediu de Antony, quando ele foi para Markham.

Pérola: Pai, você está me ouvindo, papai?

Caetano: Ah, desculpa, filha. Eu estava pensando numa coisa.

Pérola: Você está bem, papai?

Caetano: Sim, filha, vamos entrar.

(...)

Depois de chegar em Oxford, Antony visitou o cemitério. Depois disso, ele foi para a casa da sua família mas ficou surpreso de ver a porta aberta.

Antony: ( Alguém deve ter invadido! Mas não tem nada de valor dentro. )

Ele checou todos os quartos da casa e não haviam sinas de roubo. No entanto, quando ele foi para a cozinha, foi surpreendido por uma grande bagunça. As gavetas estavam abertas e talheres espalhados pelo chão.



Continua...

O toque da Besta 2 (Romance Gay+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora