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Ana Cecília Baumer Senna
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Mônaco - Julho de 2023

Caminhei até a porta de saída do hospital e avistei Charles encostado na Ferrari preta. Ele estava balançando as chaves casualmente e observando as pessoas indo e vindo do prédio.

— Luísa pediu para você vir me buscar ? — falei fazendo ele olhar para mim e abrir um delicioso sorriso e cruzar os braços sobre o peito me observando atentamente enquanto caminhava em sua direção.

— Vim te buscar para jantar — Ele estendeu a mão para mim quando me aproximei e abruptamente me puxou com força, me arrastando para ele e começou a me beijar ali mesmo na rua.

— Charles estamos na rua — falei após ele me soltar mas permanecer com as mãos em minha cintura. — Não quero meu rosto estampado nos jornais.

Ele tirou as mãos da minha cintura abrindo a porta do carro para que eu entrasse e logo em seguida deu a volta sentando no banco do motorista. Charles guiou o carro até um pequeno restaurante com uma decoração intimista e o que parecia ser bem afastado dos fãs.

— Esse lugar é lindo — falei assim que começamos a caminhar até uma mesa que estava livre e sentamos.

— Você pode trazer uma garrafa de vinho tinto — ele pediu  ao garçom que nos entregou o cardápio e logo saiu

— Você é... você é... Charles Leclerc? — a garçonete que se aproximou da mesa para servir o vinho falou olhando para ele.

— Sou. — Charles respondeu sorrindo.

— Ah, meu Deus! — ela gritou. — Eu sou uma grande fã e meu filho de onze anos acha que você é o maior.

— Obrigado. — Charles abriu um sorriso ainda maior.

— Ele esta no kart e um dia que ser piloto — a garçonete falou — Ele não vai acreditar que eu conheci você.

— Bem, que tal tirar uma foto e enviar para ele? — Charles falou e os olhos da garçonete se alargaram com entusiasmo, mas seu rosto murchou rapidamente.

— Eu não tenho um telefone. A conta fica muito alta com duas linhas, e meu filho realmente queria um. — ela falou um pouco triste — Além disso, estou sempre aqui, e posso falar com ele quando preciso.

— Que tal usar o meu telefone e mandar para ele, então? — Charles falou tirando o celular do bolso e a mulher sorriu mais ainda.

— Eu tiro — Eu falei. — Fiquem juntos.

A garçonete sorriu quando Charles levantou-se e colocou a braço ao redor dela, tirei as fotos e entreguei o celular para Charles que pegou enviou as fotos para o filho dela com uma mensagem bonita de vídeo.

— Você se importaria de tirar uma foto de nós dois juntos? — Charles perguntou para ela.

— Claro que não. — ela sorriu e pegou o celular.
Olhei para Charles sem entender e ele me deu um sorriso malicioso vindo para o meu lado da mesa.

— Pronto? — perguntou a garçonete.

— Eu prefiro comer você a qualquer coisa do menu daqui. — Ele puxou a cabeça para trás para pegar um vislumbre da minha expressão.

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