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Charles Marc Herve Percival Leclerc
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Mônaco - julho de 2024

— Carrinho vermelho filha — mostrei o carrinho vermelho na minha mão e ela jogou o azul no chão me fazendo abrir um sorriso. — Você vai ser tifosi minha principessa.

— Já coloquei na bolsa dela as roupinhas que fiz nova — minha mãe sentou no sofá da sala atrás de mim — Eva está crescendo muito rápido.

— Não estou preparado para ver ela crescer — Olhei para a pequena bochechuda deitada no chão da sala e sorri.

Cecília havia voltado a trabalhar e não confiou em nenhuma babá ainda, restou então Eva todos os dias estava aqui. O que era sempre comemorado pela minha mãe, porque adorava ficar com a neta.

— Evinha ainda está aqui ? — Arthur gritou quando viu ela e se jogou no chão fazendo ela gargalhar.

Eva tinha se tornando a luz da nossa casa, ela tirava o melhor de nós todos. Era como se não existisse mais um mundo sem Eva.

— Max mandou mensagem dizendo que ia se atrasar — falei olhando para Arthur.

— Essa birra de vocês não vai acabar nunca ? — Arthur falou revirando os olhos. — Estão brigando a dois meses.

— Cecilia tem que aprender a superar as coisas — falei fazendo bico — Cecília fala que me perdoa e na primeira oportunidade joga as coisas na minha cara.

— Você tem papais muito complicados Evinha — Arthur falou fazendo cosquinha na barriga dela.

Me joguei para trás apoiando minhas costas no sofá onde minha mãe estava e olhei para ela com um olhar de gato de botas esperando um carinho e assim ela fez.

Fechei meus olhos assim que ela começou, dona Pascale tinha o dom de fazer o melhor cafuné do mundo e eu tinha o dom de ser mimado por ela.

— Você está ficando calvo filho — minha mãe falou e escutei a gargalhada do Arthur se misturar com o som da campainha me fazendo abrir os olhos.

— Atende lá Arthur — olhei para ele que estava deitando com Eva no peito. — Deve ser o Max.

— A filha é sua — ele falou sem tirar o olhar de Eva — Eu sou tio e estou aqui apenas para mimar ela, não é minha bochechuda.

Revirei os olhos levantando do chão e caminhei até a porta ajeitando meu cabelo, que havia ficado bagunçado após o cafune. E para minha surpresa Cecilia estava parada na porta, me olhando com os imensos olhos verdes que me faziam pensar que Eva estava ficando a copia da mãe.

— Oi — Cecília falou cruzados os braços e mordendo a parte interna da bochecha.

— Oi — respondi rápido.

— A gente pode conversar ? — ela falou e eu concordei com a cabeça dando espaço para ela passar. — Oi Pascale.

— Oi minha filha, como você esta ? — ela se levantou do sofá caminhando ate Cecilia e abraçando.

— Ceci — Arthur gritou levantando do chão com Eva.

— Oi thur — ela falou dando um beijo na bochecha dele e em seguida um em Eva.

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