TIME

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Ana Cecília Baumer Senna
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Circuito de Monza - GP da Itália - Setembro de 2023.

Acordei com pulos na cama e quando abri os olhos vi Aurora, Charles, Lewis e Daniel com cara de crianças arteiras. Hoje era meu aniversário havia decidido comemorar com Aurora e Henrique já que a corrida seria na Itália esse final de semana.

—  O que vocês estão fazendo aqui ? — perguntei sorrindo enquanto Aurora se aninhava nas cobertas ao meu lado.

— Te buscar — Charles falou me dando um beijinho rápido — Lewis que veio ver Aurora mesmo.

— Mentira Ceci — Lewis pulou — Eu vim te ver também.

Gargalhei da cara dele olhando para Charles e olhei para Daniel que estava sentado na ponta da cama com uma cara de quem a cabecinha estava aprontando algo.

— O que você está aprontando Ricciardo — falei e ele me olhou dando de ombros me fazendo ter a certeza que havia algo aí.

—  Nada — ele falou dando de ombros — Eu só vim te buscar porque é seu aniversário.

— Vem tia — Aurora já estava nos braços de Lewis e me chamava com as mãozinhas.

Levantei da cama e Charles me abraçou de lado caminhando junto comigo e quando chegamos na cozinha do apartamento de Henrique estava toda enfeitada de balões e na mesa um café da manhã e um bolo com velinhas em cima.

Olhei ao redor e vi George, Max, Lando, Pierre, Heidi, Carmen, Luísa e meus pais ao lado de Bruno.

—  Eu não acredito — falei colocando as mãos na boca. Enquanto todos começaram a cantar parabéns eu senti as lágrimas molharem meu rosto de emoção, eu estava em êxtase com tudo e dividir o meu dia com meu melhor amigo me deixava mais feliz ainda.

— A ideia certeza foi sua né — falei baixo no ouvido de Daniel.

— Essa foi do Max — ele sussurrou no mesmo tom — Mas a da noite tem dedo meu.

Arregalei os olhos para ele e gargalhei, eu tinha até medo do que esse loucos estavam aprontando para comemorar meu aniversário pós corrida.

— Obrigada leaozinho — falei abraçando Max que me deu um beijo no pescoço me causando um arrepio.

— Você sabe que eu faço de tudo para te ver sorrindo - ele falou me fazendo abraçar ele de novo.

— Eu quero abraçar minha filha também — escutei a voz do meu pai e me afastei de Max virando para ele e me jogando em seus braços.

— Eu estava com tanta saudade — falei abraçada nele e senti outro braço passar pelo meu corpo me fazendo olhar e ver minha mãe nos abraçar — De vocês dois.

— E do irmão não estava né — Henrique falou nos abraçando também e eu gargalhei do trama dele, sempre tão dramático.

— Adrianne não pode vir, mas te mandou um presente enorme — mamãe falou assim que nós separamos e apontou para a caixa no sofá me fazendo correr até lá igual uma criança travessa.

Assim que abri a enorme caixa preta tirei de lá uma sacola da prada onde tinha uma bolsa linda que inclusive eu já queria a tempos. Mas o que chamou mais minha atenção foi o boné que era exatamente igual o que tio Ayrton usava e no fundo da caixa o quatro que eu mais amava na casa dela. Era uma pintura de uma das vitórias de Ayrton, o quadro foi presente de um fã e Adrianne guardava ele até hoje com muito amor.