Dessa vez, Max, Lucas, Robin, Dustin e Will acordaram junto comigo, porém eu estava ímovel, Steve nos abraçava como se fossemos um ursinho de pelúcia e ele não iria acordar tão cedo. O resto que estava dormindo acordou com a movimentação que estava na sala; Era gente saindo do sofá, gente levantando pra ir fazer xixi, estava o puro caos, e nada de Steve acordar, até minha irmã chegou a acordar e ele não.
Robin, que detestava esperar, fez o que qualquer um faria. Acordar seu amigo com leves sacudidas? Claro que não, era Robin Buckley.
— HEY DINGUS! — ela gritou em seu ouvido, o fazendo dar um pulo — EU TENHO UMA FAMÍLIA, NÃO SÓ UMA FAMÍLIA MAS TAMBÉM UMA MÃE QUE MUITO PROVAVELMENTE ESTÁ PREOCUPADA PORQUE JÁ SÃO NOVE DA MANHÃ E EU AINDA NÃO CHEGUEI EM CASA!
— Bom dia pra você também Robin... — disse Steve esfregando os olhos.
— Finalmente! Pensei que iria passar a manhã toda nessa posição — me levantei, correndo em direção ao banheiro.
Claro que eles esperaram eu sair do banheiro para irem embora, e às 09:15 todo mundo já tinha metido o pé. Aproveitei o máximo daquele tempo que eu estava sozinha em casa, porque só Deus sabe onde meu pai estava.
Arrumei toda a bagunça de ontem, coloquei todos os doces que sobraram numa cesta e deixei no meu quarto, pretendia levá-los segunda-feira para a escola destinada ao fundamental, acho que eles iriam ficar mais felizes com os chocolates e pirulitos do que eu.
Apenas quando coloquei minha irmã para tirar seu cochilo da tarde que ouvi a porta ser aberta; desci as escadas rapidamente e lá estava meu pai gritando por meu irmão.
— Bom tarde, pai! Como foi o trabalho?
— Cadê seu irmão? — ele foi ríspido, nem sequer me respondeu. Como sempre.
— Eu não sei... ele disse que ia passar a noite fora, que ia dormir no Jason, mas não voltou até agora.
Ele também pareceu não se importar com a resposta, foi até a cozinha, pegou uma cerveja e sentou-se no sofá, ligando a TV. Por que ele estava me tratando pior do que antes? Que bicho mordeu ele?
— O que você quer?
O deixei sem resposta e voltei para o meu quarto, me deitando na cama e encarando o teto. Quando ver todo aquele branco já não era mais o suficiente, decidi que seria uma boa mexer nas gavetas da minha escrivaninha. E ali encontrei um porta retratos da minha mãe comigo no colo quando eu tinha uns 4 anos e ali percebi o quanto Natalya se parecia comigo. Se mamãe ainda estivesse aqui seria tudo tão mais fácil... Mamãe era o tipo de mulher que qualquer um se apaixonaria, ela sabia o que queria e tinha suas próprias opiniões, só não podia dizê-las, bom, pelo menos ela ficava mais à vontade quando estava comigo.
O deixei em cima do móvel de madeira. Eu já superei sua morte, mas ela realmente seria bem importante para mim nesse momento em que eu me encontro.
A tarde só começou a passar de fato quando minha irmã acordou e aí eu coloquei meus discos favoritos para tocar: Ultraviolence da Lana Del Rey, não só meu, mas da minha mãe também; ela amava Brooklyn Baby, ela cantava essa música como se fosse o hino da vida dela, e era essa música que tocava num volume extremamente agradável. Fiquei tão distraída contando da minha vida para minha irmã que nem vi o tempo passando, estava escurecendo! Me apressei em dar banho na pequena, e tomar banho para que eu não ficasse tão tarde assim para lavar meu cabelo.
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My Worse Romance - Billy Hargrove
FanfictionYekaterina Andreev é uma jovem californiana de 17 que se mudou para Hawkins junto com seu pai, seu irmão e sua pequena irmã de 4 anos. Tudo corria "bem", até seu irmão desaparecer e assim Kate entrar numa sede insaciável de descobrir o que de fato a...