MINHA MENTE esta vaga, tenho a sensação que meu corpo está lento e meus olhos se movimentam do mesmo modo. No momento encarando meu reflexo no espelho suspirei e mentalmente me preparei para descer, desci para cozinha onde todos se encontravam tomando o café da manhã. Caminhei até a bancada na intenção de preparar algo, mas antes sem muito esforço murmurei.
Bom dia!
Ganhei alguns bom dias de volta, mas estranhei Lili que diferente dos demais me analisava, inquieta ignorei e voltei a proucurar algo para comer. De forma inesperada um prato com biscoitos se deslizou pelo balcão até mim, fitei Apollo que caminhou em minha direção e depositou um beijo na testa antes de sair.
Dormiu bem, Flora? Lili questionou.
Na medida do possível. Dei uma mordida no biscoito. Acho que preciso de um tempo.
Sem problemas amiga, sobe e deita mais um pouco a gente só vai sair as 13. Mandou um beijo invisível e voltou a conversa.
Ao menos uma vez na vida me senti no direito de descansar, não pensar em problemas - realmete só descansar. Bebendo o último gole do café observei o ceu lá fora, a temperatura estava mais quente que nunca e as árvores nem se quer balançavam.
Gente, eu vou deitar mais um pouco. Pigarriei. Se eu não acordar, não demorem para me chamar.
Ninguém disse nada, segui meu caminho ao quarto e dentro dele liguei meu celular dando play em qualquer playlist aleatória. Me joguei na cama com os olhos vidrados no teto, me distrai facilmente com a musica que tocava em som ambiente.
Pensamentos intrusivos veem justamente quando você menos os deseja, por todos os minutos da música minha mente se inundou com pensamentos e lembranças de tudo que eu havia vivido. Meus olhos se fecharam quando as lágrimas ficaram presentes, uma confusão se fez em minha mente, mas pareceu espairecer quando "pela luz dos olhos teus" ecoou no cômodo.
Minha luta pelo sentimento foi em vão, a cada palavra que era cantada mais Apollo vinha em minha mente e mais eu me sentia encrencada. Troca de olhares se tornou uma coisa presente entre nós e em minha percepção, era como uma conexão.
Suspirei.
Se eu sentisse algo uma hora eu teria certeza, por e quanto não quero forçar minha mente com incertezas. Quanto mais eu focava na música, mais minhas pálpebras pesavam, e por fim, adormeci o resto da manhã.
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Para o terceiro dia, Neo marcou de nos encontrar na praia para irmos comer pastel e tomar a tão famosa guaravita. Acabou que acordei no horário certo para me arrumar, vesti a camisa que peguei emprestado com Rogério na ultima vez que estive em sua casa juntamente com um short leg e uma havaianas no pé.
