APÓS O EPISÓDIO DA COZINHA, o grupo decidiu aproveitar o resto do dia. Nos reunimos em volta da piscina escutando os melhores pagodes enquanto comemos churrasco, típico role de brasileiros.
Alguns nadavam, outros estavam perto da churrasqueira, Kakau e Lili dançavam a musica que ecoava pelo ambiente, e assim se fez um dos momentos mais inesquecíveis para mim.
Brenuzz chamou a atenção de todos que estavam na piscina e sugeriu brincarmos de briga de galo.
Vamo família! A gente tá aqui pra' aproveitar! Brenuzz deu de ombros.
A primeira voz a se pronunciar foi a de Maria:
Tô' dentro!
Eu sou a dupla dela então! Saboó ergueu suas mãos em um rápido movimento.
A flora vai ser minha dupla! Apollo me puxou para perto.
Vou?
Vai!
Com algumas discussões breves a brincadeira havia começado. Mesmo Maria sendo mais forte, eu estava conseguindo aguentar a barra.
Até sentir um aperto em minha coxa.
Toda a minha concentração e força se dissolveram no ar e me desapareci dentro de mim por longos segundos. Poderia apenas levar em consideração que foi pela euforia da competição, mas não! Ele está de gracinha desde a manhã.
Com o meu vacilo, Maria me empurrou rapidamente fazendo com que eu me afundasse água abaixo. Assim que imergi disferi um tapa em minha dupla.
Seu idota! Exclamei mas abaixei meu tom para continuar. Para com essas gracinhas, fez a gente perder!
Oxe gata, tenho culpa não! Lentou as mãos em rendimento. Você que tá fraquinha.
Tira esse sorriso torto do rosto!
Que sorriso?
Idiota.
Apollo deu de ombros seguindo caminho para ajudar Jota na churrasqueira, por todo tempo que esteve por lá, o japa me seguia com o olhar onde quer que eu fosse.
Ele tá me comendo com os olhos, a que ponto chegamos?! Eu não estou acostumada à ver ele dessa forma ou agirmos assim, por todos esses últimos anos desde que os conheci. Não é uma forma normal de se agir e por isso muitas vezes isso me assusta.
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Ao escurecer do céu, quando todos tomamos banho, nos ajeitamos na sala para conversar em uma tentativa falha de caber todos e lençóis jogados pelo chão.A vibe e experiência do momento estava sendo incrível, como se todos os nossos problemas tivessem ficado lá em sampa.
Durante todo o dia as gracinhas e provocações do japa permaneceram intactas, mas agora desde que viemos para a sala ele passou a evitar meus olhares, ou melhor, me evitar. Todas as vezes que o olho seus olhos proucuram outros lugares, e eu não estou entendendo o porquê disso logo agora.
Aí família, roda de free? Bob ergueu sua caixinha de som dando lugar ao beat.
Com a roda de free iniciada, apenas não participei já que não tenho telento algum.Em qu alguns momentos parava de prestar atenção e registrava o divertimento dos meus amigos, e os olhando assim um pouco de longe, só consigo pensar em como eles são meu antídoto para fugir da realidade.
Mesmo amando muito eles, minha bateria social estava esgotada, o barulho estava me importunando de uma forma chata. Ao invés de implicar com todos, apenas aceitei que não estava no clima e subi para o meu quarto.
