23.

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Assim que encerrou a chamada com Jungkook, o alfa que ligou, jogou com raiva o celular no chão o quebrando em diversos pedaços, assustando aqueles ao seu lado e acordando um sonolento Yuta. 

O filhote levou alguns segundos para focar seus olhos e perceber o que acontecia a sua volta. 

- Oi querido. Vc finalmente acordou. - a voz irritante da ômega que antes tinha o cheiro de seu pai entrou nos ouvidos do filhote assim que ele se sentou, e seguindo o barulho viu Lívia a alguns passos de onde ele estava amarrado.

A ignorando completamente, já que não sentia mais o cheiro do pai vindo dela, Yuta olhou em volta observando silenciosamente o que o cercava e quem o cercava. 

Estava no que lhe parecia ser um aeroporto clandestino, já que tinha um avião bem no meio do hangar e mais um helicóptero no canto.

Tinha vários homens cercando o hangar, fazendo rondas tanto do lado de dento quanto do lado de fora, e pelo cheiro mais forte de suor que sentia dos de fora, deduziu que eles carregavam armas maiores do que aqueles que andavam do lado de dentro. 

Yuta estava algemado em um dos cantos do hangar, e no canto oposto mais próximo de onde estava, tinha o que parecia ser um escritório um andar a cima, que da onde ele estava se via perfeitamente algumas pessoas sentadas em uma mesa como se estivessem discutindo seriamente alguma coisa.

E nesse segundo andar, no canto a esquerda, tinha uma mesa onde o alfa que jogou o celular no chão se sentou e fixou seus olhos raivosos em Yuta.

Mas o filhote não se importava com os olhares sobre ele, continuou calado e quieto, depois de olhar tudo e escutar um pouco da conversa dos homens na mesa, que discutiam sobre quais exigências seriam as primeiras a serem feitas, Yuta olhou para suas mãos presas por algemas.

- Ei filhote? - Lívia continuou a tentar falar com Yuta que continuava a ignorá-la.

Yuta nem a olhava, mas já tinha reconhecido o homem que quebrou o celular e a única outra ômega no local como sendo os dois que apareceram no almoço de sua família.

E enquanto Lívia continuava a chama-lo, Yuta segurou as algemas em suas mãos e as escondendo levemente deu um puxam rápido e não tão forte, e assim como imaginou, as algemas já se abriram levemente, mesmo sem ele colocar toda a sua força.

Ao perceber que era fácil se soltar, ele deu um sorrisinho travesso e voltou a levantar o olhar, tinha percebido várias pessoas se aproximando de onde ele estava, mas o que mais lhe chamou atenção foi ouvir o alfa que parecia ser o líder ali, mandando Lívia ir passar o "perfume".

Só pelo tom que foi usado para dar a ordem, já fez Yuta olhá-los curioso. 

Dos que estavam conversando na mesa, só o mais velho deles e o mais novo desceram junto ao que quebrou o celular, que parecia ser o chefe ali, eles pararam a alguns passos de Yuta o olhando. 

Yuta continuou calado e sem expressão até que a ômega do almoço, que ele se lembrava chamar Laila, tbm se aproximou e começou a falar com ele em tom de comando - Diga-nos tudo que vc sabe sobre a máfia de seu pai e não o machucaremos. 

Em resposta a ela, Yuta repuxou o canto da boca em um sorriso cínico e desviou o olhar para o alfa que tinha ido ao almoço, que o olhava com um olhar mortal, mas rapidamente perdeu o interesse nele quando sentiu o cheiro típico de quem tem medo e o seguiu, sua atenção foi levada direto até o alfa mais jovem presente ali, ele parecia ter no máximo uns vinte anos, mas se parecia muito com o mais velho ali e com o que todos chamavam de chefe.

Ainda olhando para ele, Yuta ao perceber ele olhando para os seus olhos só fez suas íris piscarem vermelhas para assusta-lo um pouco, mas para a sua alegria, não foi só ele que deu um pulo para trás, a ômega Laila, que falava sem parar quase gritando tentando chamar a atenção dele, tbm deu vários passos para trás assustada. 

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