I Wish I Were... {Byler}

𝑵𝒐𝒕𝒉𝒊𝒏𝒈 𝑰𝒔 𝑳𝒊𝒌𝒆 𝑩𝒐𝒇𝒆𝒓𝒆..

I Wʜɪsʜ I Wᴇʀᴇ..

19/06/1986 sab.

"Há na vida um começo, um meio e um fim. Todos com suas proezas e desavenças. Mas o que devemos levar conosco em nossa jornada são as conquistas que ganhamos com ela."

Era um dia cinza na cidade, poucas pessoas caminhavam pelas ruas e nelas o som dos passaros e o vento forte prevalecia. Dois dias haviam se passado após o ocorrido entre os garotos no banheiro da escola. Dois dias que tudo, estranhamente, parecia se acalmar na vida de ambos os garotos. Como se peças importantíssimas de um quebra-cabeça complexo tivessem sido encontradas e tudo tivesse ficado mais claro.

Depois daquilo os dois garotos não conversaram novamente, mas na mente dos dois não era algo ruim. Passaram por momentos inacreditáveis que nem em outra vida sonhariam em vivenciar em apenas um dia. Um dia que foi capaz de mudar a vida, forma de pensar e até mesmo o passado dos garotos.

Seus amigos obviamente estranharam a postura dos dois, mas decidiram não intervir dessa vez. Agora era conta deles mesmos.

Will ainda andava para lá e para cá em sua casa, e dormia tarde da noite tentando assimilar. Ainda. o que havia acontecido. Tinha sido tão fácil, tão real. Tão normal. Parecia que ter beijado Mike - mesmo que um beijo beeem desajeitado e turbulento. Mike já não era mais um "boca virgem" como os amigos diziam, mas com Will desaprendeu a usar a lingua e a guardou como se fosse ouro, já Byers nem se tocou nesse ponto. Um beijo com ou sem língua não era o mais importante para um garoto apaixonado a anos. - parecia que tinha sido uma coisa do seu cotidiano.
Não era muito de imaginar, pela vergonha, mas quando imaginava era como nos filmes de romance de Hollywood.

Ele passou cinco dias ainda avoado, juntando os muitos pontos em sua cabeça, ver sua mãe, irmã e amigos o tratandk normalmente, sem dizer absolutamente nada sobre o ocorrido quando o viam o deixava ainda mais embasbacado. Podia estar exagerando. Ele sabia. Mas o choque tinha sido realmente grande. Ele também imaginava, as vezes deixando claro, seus amigos o odiando e lhe lançando olhares de escárnio por todos os lugares que ele passasse após descobrirem o ocorrido.

Mas tudo estava normal.

Estava tudo bem.

Eles queriam mostrar a ele que estava tudo bem.

Que não tinha com que se preocupar.

No quinto dia ao perceber isso ele chorou, baixinho para que ninguém percebesse. Não era tristeza, e sim uma mistura de tudo que vinha sentido desde o início desse ano. E principalmente um alívio, um alívio muito grande. Era sábado, ele encarava o despertador indo das duas e cinquenta e nove as três da manhã e relaxou os olhos como se tivesse vencido uma disputa acirrada entre os dois não aguentando o sono em seguida.

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No domingo, um dia que ele só queria dormir até as quatro da tarde e sair da cama só pra comer se possível, ele foi acordado por Jane, que colocou um Reggae altissímo pra tocar nos tímpanos dele. Deu um pulo da cama vendo duas dela a sua frente segurando um radinho pequeno e se espremedo toda parecendo que queria ir ao banheiro urgentemente, olhou pra ela com uma cara que dizia tudo e ela desligou o aparelho.

- você enlouqueceu de vez garota!? Que música horrível é essa?.

- eu precisava te acordar agora! E você parecia um morto vivo ontem, sabia que ia ser difícil. - disse pulando em um lugar só.

Will a olhava sem entender nada. - o que aconteceu de tão urgente pra precisar me acordar assim??

Ela balançava as mãos como se uma fofoca daquelas estivesse por vir.