Capítulo 22

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— La la la la la, não tô te ouvindo! — Começo a fazer birra na tentativa de fazer Vincent calar a boca, ou pelo menos trocar de assunto

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— La la la la la, não tô te ouvindo! — Começo a fazer birra na tentativa de fazer Vincent calar a boca, ou pelo menos trocar de assunto. Eu estava em uma chamada de vídeo com ele a pelo menos 20 minutos. Finn estaria em minha casa daqui meia hora, tínhamos combinado de que eu o ajudaria com o encontro perfeito para Jane, mas Vincent tentava a todo custo me convencer a cancelar.

— Alex, eu só não acho uma boa ideia que você esteja fazendo isso. Você vai se machucar. Eu sei o quanto você gosta do Finn... e da Jane.

— Pronto, lá vem você com essa sua ideia maluca de novo! Eu não gosto deles! Isso nem sequer é possível! Gostar de duas pessoas ao mesmo tempo é... loucura! Você tá maluco!

— Que camiseta eu 'tava usando ontem? — Ele me interrompe.

— O quê? Não começa com...

— Só responde, Alex. Que camiseta eu estava usando?

— Eu não sei... Como eu me lembraria disso? Vincent você tá enlouquecendo.

— Qual era a cor da bota da Jane? E do casaco do Finn?

— Preta. Ela adora aquela bota, mas o Finn não estava usando casaco, ele gosta de usar aquela regata branca com uma jaqueta mas a dele rasgou e... — Parei de falar ao me tocar que tinha respondido  essas coisas muito rápido, sem nem pensar muito.

— Entendeu o que eu tô querendo dizer agora?

Uma voz intrusiva começou a cochichar dentro de minha cabeça. E se Vincent estivesse certo?

— Vincent, isso não prova nada. São apenas detalhes que eu lembro porque passo muito tempo com eles. Não significa que eu goste deles de uma maneira romântica. — Tentei argumentar, embora a dúvida plantada por ele começasse a mexer comigo.

Ele suspirou do outro lado da chamada de vídeo. — Alex, eu só me preocupo com você. Eu não quero ver você machucada.

Suspirei, tentando pensar no que ele me dizia.

— Tá... Eu tive uma quedinha pelo Finn por alguns anos... Mas a gente não se conhecia! Agora somos amigos! E eu confesso que o que a Jane me falou no desafio da garrafa foi um tanto... conflitante na minha cabeça, mas foi coisa do momento.

— Já que você vai negar pra sempre, eu posso pelo menos usar a história pra escrever umas músicas? Me deixou inspirado. — Ele ri, quebrando o climão.

— Desde que eu receba meus créditos como sua inspiração quando ficar famoso! Agora, vou estourar pipoca antes dele chegar, só consigo pensar comendo.

— Tchau, sua teimosa.

— Tchau, Vinnie!

Desliguei a chamada, estourei a pipoca do jeito que Jane tinha me ensinado e coloquei em um pote grande com uma linda calda de chocolate. Nesse momento, ouvi a campainha tocar e soube que Finn havia chegado.

ZAHIR - Inesquecível (SENDO REESCRITA)Onde histórias criam vida. Descubra agora