Capítulo 8

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Cedo? Bom, chegar cedo é uma coisa relativa, né? Pelo menos é o que eu gosto de pensar considerando que meia hora antes da minha aula começar, eu já me encontrava na frente de um grandioso prédio, mais conhecido como SDA

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Cedo? Bom, chegar cedo é uma coisa relativa, né? Pelo menos é o que eu gosto de pensar considerando que meia hora antes da minha aula começar, eu já me encontrava na frente de um grandioso prédio, mais conhecido como SDA. Eu estava vestida com uma calça de moletom preta e uma camiseta roxa com estampa de uma série de televisão, é sempre bom que usemos roupas despojadas e confortáveis nas aulas de dança contemporânea. Respiro fundo, tomo coragem, e entro no lugar, caminhando até a recepcionista.

— Pode entrar direto, senhorita Maya. – Ela me interrompe antes mesmo de que eu possa chegar até ela. Okay.

— Sala 5. Segundo andar. Segunda porta a direita. – Me dirijo para dentro dos corredores sussurrando para mim mesma e lembrando das instruções que havia recebido de Callie no Sábado.

No momento em que eu saio do elevador, reparo no quanto os corredores e as salas são grandes. Todas as paredes tinham janelas de vidro para o corredor, consigo enxergar o que está acontecendo em cada sala, isso é incrível. Enquanto observo o caminho, meus ouvidos são invadidos por música. De algum lugar do corredor, “Train Wreck” uma canção emotiva, tocava. Sigo a música até a sala que eu deveria entrar, a sala é enorme e a luz do sol ilumina o ambiente. Me deparo com um garoto, que dançava ao ritmo da música. Me apoio atrás da porta e fico escondida, não quero interromper a dança. Os movimentos são leves e pesados ao mesmo tempo, suas expressões, o modo como ele utilizava o espaço, o ambiente… aquilo era uma demonstração graciosa de paixão, e quando o garoto realiza um cloche tão delicadamente que tenho medo que se quebre, percebo que era Luke. Luke! Ele era sensacional, esperava que ele fosse bom, mas o modo como ele se expressa… aquilo era arte. Acho que posso pedir pra ele me ensinar a ser tão delicada e expressiva quanto ele.

Com o fim da música ele parece voltar a realidade. – Maya! Oi! – O garoto loiro se levanta do chão caminhando até mim com seu braço direito atrás de seu pescoço.

Olho para dentro da sala e apenas outras duas alunas estavam ali, conversando timidamente em um canto.

— Luke... Você é incrível!

— Ah... Isso? É... Não foi nada, eu só estava me... Aquecendo, sabe? Não foi nada. – Luke me responde aparentando estar com muita vergonha.

— Se isso era um aquecimento, eu daria tudo para ver você dançando para valer.

— Assim você me deixa sem graça.

Dou risada de suas maçãs do rosto se tornando vermelhas. – Aquilo foi demais, de verdade, wow. — Ele abre um sorriso tão envergonhado que chega a ser fofo.
—Ok ok, parei. Mas ei, a gente chegou cedo, né?

— Ah, sim. Eu gosto de ficar aqui dançando antes do professor chegar, e aquelas meninas ali. – Ele aponta com a cabeça para as garotas sentadas no canto. – São namoradas, parece que os pais não aceitam muito bem, então elas costumam chegar mais cedo pra se encontrarem.

ZAHIR - Inesquecível (SENDO REESCRITA)Onde histórias criam vida. Descubra agora