"Desde o despertar da minha consciência, minha existência tem sido peculiar e repleta de nuances. Por um longo tempo, minha vida foi definida por apenas três cores, cada uma carregando um significado profundo e complexo.
O branco, a cor-base do meu mundo. Emanando do vazio, o branco representava um espaço a ser preenchido com infinitas possibilidades de conhecimento e descobertas. Era a expressão da minha pureza e curiosidade infantil, assim como dos espaços em branco a serem preenchidos pelo vasto mundo que toda criança tem o privilégio de explorar.
Mas apenas o branco não era suficiente. Descobri que havia algo além, uma dimensão mais profunda da minha existência que as palavras impressas nos livros conseguiam alcançar. O preto se tornou minha busca incessante por respostas. Através dos livros, mergulhei na biologia, nas linguagens e na matemática, tentando desvendar os mistérios que permeavam minha existência. No entanto, por mais que me aprofundasse nessas áreas de conhecimento, algo continuava escapando, como se ainda faltasse algo essencial para compreender a vida em sua plenitude.
E então veio o cinza, uma presença constante que envolvia cada canto da minha vida. Nas paredes, nos corredores intermináveis, no ar opressor da mansão de Gangwon-do. Era o cinza que me acompanhava, sussurrando em meus ouvidos que havia algo mais além daqueles espaços confinados. Eu caminhava por sua vastidão, absorvendo conhecimento e habilidades, mas sentindo ao mesmo tempo o vazio da minha existência solitária. Era como se o cinza me instigasse, me desafiasse a buscar algo além das limitações dos tons neutros.
E assim, durante anos, minha vida se resumiu à rotina monótona do preto, branco e cinza. Mas uma faísca de esperança surgiu dentro de mim quando comecei a analisar meticulosamente pequenos pontos de cores espalhados pela mansão. Eles se tornaram meu refúgio, minha busca incessante por uma fagulha de vida em meio àquela paleta desbotada.
Até que finalmente, em um momento inesperado, conheci o azul. Conheci ela. E tudo mudou."
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀{Flashback On: Yu Jimin}
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Eram inúmeros os rostos que já haviam passado por minha vida, cumprindo funções de servir, auxiliar ou simplesmente vigiar. Era uma rotina com a qual eu já estava acostumada, há tanto tempo que nem me incomodava mais. No entanto, naquele dia, enquanto eu estava na sala de estudos, a monotonia estava me sufocando. Enquanto minha mente divagava sobre todos os brinquedos que eu preferiria estar brincando, em vez de estar ali, finalmente me deparei com uma serva peculiar que raramente era vista dentro das dependências em que eu residía.
O que a fazia diferente dos outros? Havia tantas coisas... Tantas, que eu poderia fazer uma longa e indiscreta lista de detalhes. Mas, naquele momento específico, com uma garota apenas um ano mais nova do que eu, algo inédito até então, que nunca havia tentado conversar comigo como os adultos sem graça sempre faziam, me vi obrigada a estudá-la com o canto dos olhos.
Acompanhei para onde ela encarava, e percebi que suas orbes discretamente observavam uma fatia de bolo como se fosse a primeira vez que ela visse um de perto. Ela estava parada ao lado da minha escrivaninha, me olhando tranquilamente, enquanto eu tentava responder algumas questões. O silêncio angustiante na sala era apenas um incentivo para que eu continuasse a analisá-la, em vez de terminar rapidamente minha tarefa, o único motivo pelo qual eu estava ali.
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Getting To Know Yu | WinRina
FanficNesta realidade alternativa vitoriana, os remanescentes do povo Sanrit foram escravizados e torturados sem motivo além de seu nascimento. Kim Minjeong, uma dessas sobreviventes, cresceu como prisioneira no Ducado de Yu Leeteuk. Com seus cabelos loir...