Em Daehan, o ambiente em si parecia mais um retiro monástico do que qualquer outra coisa. Ning Yizhuo suspirou profundamente, parecendo resignada com a perspectiva de mais um domingo monótono antes de ser forçada a retornar a Saeloun Harbin. À medida que deixavam o pátio para trás, seus olhos se prenderam ao majestoso teatro que se erguia diante delas, e um leve surto de frustração escapou de seus lábios.
- Por que diabos não podemos simplesmente ir ao teatro?! Está bem ali! - Ela exclamou, quase se entregando a um acesso de descontentamento.
Uchinaga concordou, mantendo os braços cruzados em desaprovação. O vento cortante agitava seu sobretudo de couro favorito, intensificando o desconforto. - Concordo. Eles estão tratando entretenimento como se fosse um crime. Ouvi dizer que os estudantes de Suhyeon têm permissão para sair todas as semanas. É uma injustiça. - ela disse, provocando a concordância das outras emburradas.
Ohhae rolou os olhos com desdém. - Essa suposta 'educação igualitária' parece mais uma sentença de prisão. Elas não nos deixam fazer nada! - Reclamou, expressando sua insatisfação.
Enquanto o grupo caminhava de volta para a área dos dormitórios, Chaeryeong e Jeong estavam imersas em seus próprios pensamentos. Uma delas havia sugerido a ideia de ir ao teatro, mas, como sempre, a resposta das autoridades havia sido um enfático "não". A outra parecia preocupada demais com questões mais sombrias para se importar com tudo isso. Silenciosamente, elas lamentavam suas circunstâncias naquele momento.
Ningning, percebendo a distração, colocou gentilmente a mão no ombro a sua frente para guiá-la. - Estou com inveja, Minjeong. Vá e divirta-se por mim. - ela comentou sobre a saída mencionada mais cedo, seu desejo genuíno apesar do semblante descontente.
A loura concordou com um sorriso fraco e começou a andar ao seu lado, mas sua concentração estava em outro lugar. "Apesar de eu não estar indo ver espectáculo algum...", pensou distante.
O tão esperado dia estava finalmente chegando, como havia sido reforçado por sua senhorita naquela manhã durante o desjejum. "Amanhã, Jeongie, é o dia em que vamos sair. Tenho certeza de que será especial para você", confirmou Yu, preenchendo-a de expectativa e ansiedade. Desde então, Minjeong tentava conter sua própria euforia, ao mesmo tempo em que queria alimentar grandes esperanças para reencontrar sua mãe no hospício Haneul. A possibilidade de vê-la novamente, mesmo que brevemente, ou não, despertava diversos questionamentos. E se sua mãe estivesse muito doente? E se Karina não conseguisse sair no dia seguinte? As preocupações a consumiam, fazendo-a ajustar ansiosamente a gola de seu casaco.
Charyeong, ao perceber a inquietação da absorta, se mostrava preocupada com os boatos que havia ouvido. - Jimin está tão indisposta durante toda essa semana que não pôde comparecer à missa mais cedo, Minjie?
Minjeong tentou parecer esperançosa ao responder, mas a preocupação pairava em suas palavras. - Eu não sei... Ela tomou remédio na noite passada, mas acho que ainda deve estar um pouco cansada, só isso.
A simples menção do nome de Jimin fez o rosto da Ning se fechar. - Hmph! Quem liga se ela está doente. Ela está sendo punida por tratar as pessoas cruelmente.
As outras garotas do grupo perceberam a alteração no olhar de Minjeong ao ouvirem as palavras frias que foram esbravejadas. Elas não podiam julgar a reação da chinesa. Nem a Kim podia, mesmo sabendo que a situação era mais séria do que pensavam. Mas as palavras foram além ao afirmar: - Ela vai morrer jovem neste ritmo.
Aquela afirmação foi o suficiente para desencadear uma explosão em Minjeong. Ela estacou no próprio passo, soltando-se do toque de Ningning com uma certa brusquidão. O resto do grupo colidiu contra suas costas, mas ela mal notou. As imagens daquela hipótese mórbida se concretizando invadiram sua mente, transbordando sua aflição em um grito.
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Getting To Know Yu | WinRina
FanficNesta realidade alternativa vitoriana, os remanescentes do povo Sanrit foram escravizados e torturados sem motivo além de seu nascimento. Kim Minjeong, uma dessas sobreviventes, cresceu como prisioneira no Ducado de Yu Leeteuk. Com seus cabelos loir...