Getting To Know Yu | WinRina

Capítulo 12 - Bençãos

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{POV: Lim Mirae - A Mascarada}

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- Eu? Superintendente dos dormitórios? Deve haver algum engano. Eu sou uma acadêmica matemática... - Fui convocada ao escritório da regência naquela manhã, completamente despreparada para o que viria a seguir. Para a minha surpresa, aquela mulher vil me aguardava, segurando documentos assinados pelo mais novo mantenedor da academia. Meu coração afundou no peito ao perceber que estavam me rebaixando à humilhante função de supervisora. A raiva borbulhava dentro de mim, enquanto eu tentava argumentar: - Se isso é uma retaliação pelo meu comportamento, por favor, reconsidere. Eu não tive escolha! Sou uma forte candidata à direção e o conselho que convoquei mostrou que o corpo docente reconhece isso.

No entanto, Saeri permanecia impassível, sentada na cadeira que deveria ter sido MINHA por direito. Ignorando-me por completo, ela revisava os documentos que trouxera consigo e assinava cada folha com uma arrogância irritante. Aquilo era demais para mim. Eu estava falando sério, implorando para ser compreendida.

- Isso não pode ser nem mesmo uma hipótese. Você é uma ex-comissária de bordo! Seria ridículo de repente se tornar a diretora de uma instituição educacional. - Eu pontuei, mas ela riu de maneira condescendente, apoiando o rosto na mão, como se minhas palavras não valessem nada. Decidi então ser ainda mais clara, tentando trazer algum senso para aquela mulher insensata. - Além disso, não é possível dispensar alguém da Daehan sem a documentação e as considerações adequadas. O falecido senhor Kyo Daehan deixou diretrizes muito claras. Se você continuar com essas loucuras, eu convocarei outro pleito e você será exposta. É isso que você quer?

Saeri suspirou, alinhando seu bolero social com um ar de superioridade. O ar zombeteiro nunca deixava sua expressão. Apoiando-se sobre a mesa, ela me encarou, como se estivesse lidando com uma jovem tola entre as discentes que frequentavam o local que eu havia dedicado anos da minha vida. - Você tem razão. Se fossemos seguir as diretrizes, não teria como eu me tornar diretora. Mas o duque agora é o proprietário da instituição. O poder age a meu favor. E se você precisa de motivos para a dispensa... Eu posso conseguir quantos for necessário. - ela concluiu, sem que eu verdadeiramente entendesse suas implicações.

À medida que aquele período avançava, minha vida tomou um rumo sombrio e tortuoso. Fui sequestrada, arrancada da minha vida tranquila, amarrada a uma cadeira precária, açoitada pela escuridão opressora daquela noite. Minha boca foi forçada a calar-se, amordaçada pela maldade inominável dos capangas cruéis que me mantinham prisioneira. Sofri horrores indescritíveis, cada momento uma tortura que parecia se prolongar até a eternidade, enquanto meu corpo implorava por piedade e minha mente se fragmentava.

Foi então que ela, Nam Saeri, emergiu da escuridão como uma sombra sinistra, uma deusa de crueldade, com olhos que faiscavam com prazer sádico. Diante dela, humilhei-me, suplicando por misericórdia, aceitando cada condição que ela impôs. As marcas dos atos nefastos cobriam meu corpo, e as horrendas cicatrizes resultantes das queimaduras sinalavam meu rosto, uma lembrança inesquecível da minha queda na escuridão abissal.

Minha mente nunca se recuperaria daquela experiência terrível. Cada golpe, cada insulto, cada toque perverso deixou feridas profundas em minha alma, como cicatrizes psicológicas que continuavam a sangrar. E ao reviver aqueles eventos em um pesadelo recorrente, eu acordei em minha cama, completamente encharcada de suor e atordoada. Ofegante, levantei-me, desnorteada como se fosse a primeira vez que era assombrada por cada imagem vívida de um passado distante, mas implacavelmente persistente.