Décimo Segundo

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[...]

(Respostado. Havia uns erros, mas já consertei :)

Lauren Jauregui ; point of view

Logo depois que Dinah desligou na minha cara, suspirei alto e joguei o celular na bancada da cozinha onde estava.

As coisas acontecem do jeito que eu quero, na hora que eu quero. Sempre foi assim e vai continuar sendo.
Um pequeno filme da minha vida começou a passar pela minha cabeça, e eu tive a pequena impressão de que fiz tudo errado...De novo.

Tenho consciência das coisas que fiz com Camila, mas quem ela pensa que é? Eu havia deixado bem claro que sempre que eu a quisesse, ela deveria estar disponível. Não tinha que trazer sua filha. Eu tive que insistir para que pudéssemos transar a primeira vez naquele dia e eu nunca insisto.

Porém, como todo ser humano é fraco, eu também fui. Lucy, realmente gostava dela, ainda gosto na verdade, mas ela brincou comigo, se aproveitou da minha fragilidade, onde acabou pecando.

Abri meus olhos, suspirei outra vez e vi o relógio pendurado na parede da cozinha, era 08:07 da manhã.

Aí Camila quem me dera não criar expectativas com você.

Falei comigo mesma e pensando nela, morri de raiva por sentir falta toda vez que ela saia pela porta indo embora.

...

Ao deixar a cobertura, na portaria, o porteiro me cumprimentou com um "Bom dia". Lancei-lhe um olhar frio de cima a baixo antes de sair.

Então mergulhei nos sons tranquilizantes dos meus fones de ouvido, iniciando uma caminhada serena pelas arborizadas e silenciosas ruas do Brooklyn.

Optei por dar algumas voltas na quadra. Na última delas, deparei-me com uma cena tocante: Camila e Kate estavam sentadas em um banco próximo a uma grande árvore. Kate estava no colo de Camila, de frente para sua mãe, acariciando-lhe o rosto enquanto ela sorria com os olhos fechados, entregando-se ao amor maternal.

Era uma cena fofa, testemunhar o amor incondicional que Camila dedicava à sua filha, fazendo tudo ao seu alcance para garantir a felicidade e o bem-estar dela.

Do nada, veio em minha mente que eu mesma que havia feito aquelas chantagens com Camila, garantindo a segurança dela e Kate em troca de momentos prazeroso. Era minha decisão que permitia que elas tivessem esse momento, mas também era a mesma decisão que causava a crescente culpa em meu coração.

— Mamãe, olha! –Kate exclamou, agitando-se no colo de sua mãe, apontando diretamente para mim.

Camila virou seu rosto instantaneamente, seus olhos fixados em mim. O peso da tristeza sobrecarregava seu semblante, e uma onda de culpa me invadiu. A vontade de escapar da situação era avassaladora, mas antes que eu pudesse recuar, Kate já estava agarrada às minhas pernas.

— Titia, colinho? Senti saudade.  – Kate pediu, estendendo seus bracinhos com um sorriso banguela e adorável.

Quando eu estava prestes a atender ao seu pedido, Camila se aproximou.

— Kate, o que conversamos sobre não falar com estranhos? – Ela a repreendeu, com raiva evidente em sua voz.

— Ela não é estranha, mamãe. É sua amiga, lembra?

Camila, com o semblante tenso, continuou a repreensão: 

— Me obedeça pelo menos desta vez, Katherine!

Kate se virou para mim com um biquinho triste, e eu sussurrei com compreensão:

— Sua mãe parece estar um pouco estressada, não é? É melhor você obedecê-la... Nos vemos outro dia.

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