Capítulo 2

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Suspiro frustrada e acabo desistindo de mudar a ideia dele.

— E se eu pensar em outras ideias para o bar?

— Teria que ser absurdamente espetacular para eu mudar de ideia.

— Então farei o meu melhor para deslumbrá-lo.

— Faça mesmo, pois é para isso que estou te pagando. _ Ele me dá uma piscadela, mas antes que eu possa pensar se foi um flerte ou não, ele sobe as escadas até um longo corredor com várias outras portas. Eu fico parada na entrada de uma sala privada, onde três cruzes estão lado a lado.

— Como pode ver, a maioria dos nossos equipamentos está em salas particulares. Quero as coisas mais distribuídas. Como essas cruzes de Santo André. Pensei que mantê-las juntas pudesse impressionar, mas deixa o lugar muito apertado. Nada estraga uma cena tão rápido quanto ser atingido pela cauda de dragão de outra pessoa. _ Ele ri para si mesmo por que realmente só ele entendeu.

— Desculpe, mas você pode me explicar esses termos? Quero entender para o Design.

— Os dominadores prendem os submissos a essas cruzes com restrições. Às vezes dominadores chicoteiam os submissos com um brinquedo chamado calda de dragão.

— Eu não entendo como essas pessoas podem gostar disso. _ Ainda fico observando o quarto.

— Práticas com dor não são para todo mundo. Para fazer este trabalho, espero que possa deixar seus julgamentos de lado, pois outro designer esteve aqui antes e não estava disposto a aprender nada sobre BDSM.

— Não foi nada bem deduzo?

— Não. Para projetar este lugar é preciso entender para que serve a mobília e como as salas funcionam como parte do todo.

— Eu entendo perfeitamente.

Em uma das salas particulares, ele se recosta em um banco vermelho acolchoado eu o analiso tentando descobrir para que serve aquilo.

— E para que serve essa peça? _ Meus braços se arrepiam conforme eu passo a mão pelo couro vermelho. Will dá um sorriso ousado e malicioso.

— Você esta mais interessada do que deixa transparecer. _ Me espanto por um momento, ele é bem direto e isso de alguma forma me intimida, mas preciso manter meu profissionalismo. 

— Não vim aqui para experimentar nada, senhor Will, apenas tenho trabalho para fazer e estou perguntando para te oferecer um serviço de qualidade. _ Tentei ser o, mas natural possível.

— Tem certeza? É a forma mais rápida de aprender. _ Engulo a seco com a sugestão dele.

— Tenho certeza, Senhor Ellis. Precisamos nos manter profissional.

— Uma pena. _ Sorriu. _ Deixe que eu mostre como funciona, pelo menos. _ Foi até o banco. _ É um banco de Sparking, o dominador põe o submisso ajoelhado aqui, debruçado nisso. - Ele demonstra, então fica em pé novamente. _ O dominador pode prender o submisso nessa posição para que ele fique parado durante a punição, ou para qualquer outra coisa que ele tenha em mente. A ideia de ser amarrada por ele nesta posição me dá um calor insuportável e desconfortável.

— Alguma pergunta? 

— Foi bem direto.

— Admito você não é tão impressionável quanto eu pensava.

— Eu não sou uma freira. É diferente do que eu estou acostumada, mas não vou fugir horrorizada.

— Por enquanto _ Suas palavras me causam um arrepio frio e sinistro.

Meu Mestre ( Completo )Onde histórias criam vida. Descubra agora