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Conhecer Chicago estava sendo uma experiência muito boa. A paisagem era bonita, conheci pessoas novas, bebi novos drinks, consegui deixar a história com Chris de lado por uns dias e estava finalmente me sentindo melhor.
Desde que cheguei se passou uma semana exata. Ainda tinham mais duas na teoria pra eu ficar em Chicago, mas não sabia ainda se ia continuar com esse plano. Ficar aqui estava sendo tudo que eu precisava e não queria ter que voltar e lidar com minha vida cheia de dramas de Los Angeles.
Eu e Madi continuamos nos falando o tempo todo e ela não citou Chris nenhuma vez, o que era um alívio. Falava com ela sobre minhas saídas, mandava fotos e a ligava por vídeo no quarto de hotel todos os dias.
Não voltei a falar com Matt nem Nick, mas foi necessário pra que eu conseguisse colocar meus pensamentos em ordem. Chris não me mandou mais nada desde o dia que o respondi de madrugada, mas percebi que ele ainda via cada coisa que eu postava.
Eu e Angel tínhamos ficado mais próximas, de uma forma que eu não entendia ainda. Como ela só trabalhava durante a noite, passamos as tardes indo pra atrações turísticas de Chicago e no horário de seu turno eu ficava bebendo no balcão.
Cheguei a conhecer um grupo de amigos dela que eram de outra cidade e senti que tinha com quem compartilhar minhas experiências.
Depois do momento no carro, eu e Angel conversamos sobre as coisas e ela entendeu que eu só queria uma amizade, apesar de que as vezes olhar pra ela me deixava tentada a tentar algo novo. Era tudo muito confuso ainda, e ela sabia, por isso mantinha sua distância, mas estava pronta se eu decidisse que quisesse.
Por incrível que pareça, tudo isso estava me ajudando bastante. Estar em um ambiente diferente da rotina me fez sentir leve e não ter que lidar com nada além de qual atração turística conhecer no dia era uma ótima distração. Sentia que estava voltando a me sentir bem comigo mesma.
Passei duas borrifadas a mais de perfume e saí do quarto, levando a chave comigo e a enfiando de qualquer jeito na bolsa.
-Pronta? -Angel pergunta, me olhando com um sorriso.
-Sempre. -Sorrio de volta e aumento o volume do rádio.
A garota dirigiu por longos cinquenta minutos cheios de cantoria e alguns vídeos que fiz questão de favoritar na galeria. Chegamos no estacionamento improvisado na terra e andamos juntas até o pequeno morro que levava a uma parte mais alta da cidade, onde estava tendo uma festa.
Encontramos os amigos de Angel e nos juntamos numa rodinha. Eu não conhecia ninguém além deles e nem mesmo fazia ideia de quem fez essa festa ou por qual motivo ela estava sendo feita, mas nada disso importava. A garota aparece com dois copos vermelhos e me entrega um. Bebemos enquanto conversávamos e eu tirei algumas fotos da vista dali.
-Quero te mostrar uma coisa. -Ela diz, me puxando pra um canto.
A música ficou abafada e só tinha mais um casal se pegando quando chegamos no lugar que ela queria. Era uma parte afastada e vazia, só com um tronco de madeira no meio e algumas cercas de madeira que impediam que alguém caísse do morro. Sentamos no tronco de madeira e eu bebi alguns goles do copo vermelho.
