☼︎ 𝘨𝘰𝘰𝘥 𝘭𝘶𝘤𝘬

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-Um shot de boa sorte

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-Um shot de boa sorte. -Angel diz, com um sorriso fraco no rosto, me entregando um copo pequeno cheio de um líquido amarelado.

Olho pra bebida e viro de uma vez, reconhecendo o sabor da tequila que tomei no primeiro dia que estive no bar.

Depois da minha confissão, os amigos da garota voltaram pra mesa e nós voltamos a agir normalmente, deixando de lado a pequena decepção da garota de olhos verdes em saber que agora com certeza eu estaria em Los Angeles em pouco tempo e permaneceria por lá e nós duas não poderíamos ter nada mais do que uma amizade a distância.

-Então você volta amanhã? -Uma das meninas pergunta, mexendo no canudo de seu drink e me olhando com curiosidade.

-Sim, preciso resolver algumas coisas. -Digo, mantendo o olhar baixo.

No espaço de tempo entre o fim da minha conversa com Angel e o resto do grupo voltar eu tinha pegado meu celular e alterado a data de volta da minha viagem, ficando alguns dias a menos do planejado em Chicago.

Angel acompanhou em silêncio enquanto eu mandava uma mensagem pra Madi, pedindo pra me buscar no aeroporto na hora correta e não contar ainda pros meninos que eu voltaria. Sem hesitar, ela disse que daria um jeito e me desejou boa noite.

Apesar das vaias e gestos em desprezo ao saber da notícia, ninguém reclamou muito sobre a ideia de eu voltar antes do esperado. Era óbvio que eu tinha coisas não resolvidas em Los Angeles e aquela viagem não tinha muito bem um prazo determinado. Era uma escapatória.

Fico feliz em ter conhecido cada pessoa da mesa e compartilhado tantas memórias que me fazem agradecer por ter sido machucada a ponto de ficar vulnerável e me enfiar num bar qualquer. Às vezes, as melhores pessoas que precisamos ao nosso lado pra passar por um coração partido são aquelas tão machucadas quanto, e esse parece ser um adjetivo adequado ao rotular esse grupo.

Além de mim, tinha mais duas meninas e três caras. Angel é a que une cada um, considerando que todos são de diferentes lugares.

Brianna, baixinha de cabelos e olhos castanhos, é do Texas e têm pais extremamente homofobicos. Desde que se assumiu, ela foi expulsa e nunca passou mais de dois meses em uma cidade só, por escolha, de acordo com ela "o mundo é grande demais pra chamar um único cubículo de casa". Seu humor é do tipo ácido, brinca com seus traumas e coisas ruins da vida pra mascarar o que machuca. É extremamente extrovertida e mantém uma conversa por horas com alguém que nunca viu na vida.

Haru, uma coreana de cabelos curtos pretos e olhos castanhos. Odeia se meter em confusão, gosta de conhecer novas culturas e saber da maior quantidade de coisas possível. Trabalha em uma cafeteria simples e cursa Psicologia, pensando em ajudar crianças com problemas em casa.

Jonathan, levemente hippie e com alma de nômade. Está sempre viajando e pegando caronas pra cidades diferentes com nada além de uma mochila. É uma alma livre, tem um irmão mais novo que mora com a avó e cada centavo que ele faz além do necessário pra se manter vai pra eles. Coloca a liberdade acima de tudo e iria até o inferno pra defender sua família.

𝘍𝘢𝘬𝘦 𝘐𝘵 ☼︎ Chris SturnioloOnde histórias criam vida. Descubra agora