Capítulo 1

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É gente, vamos ver no que dá!

Essa fic é especialmente pra Luaneide, mas várias me pediram também. Mas ela é doida por esse casal e eu estou um pouco enjoada de jayonce, então vamos lá.

Além do mais, é uma forma de agradecer vocês. Umas chegaram bem antes, e tenho cada uma em meu coração. Como ela, estão comigo desde a maior barra que passei em minha vida, com minha pequena, e eu não esqueço de nenhuma mensagem que recebi. E esse ano, tive uma perda enorme e vocês me encheram de amor. Minha vontade, é que tivéssemos a oportunidade de nos reunir todas, rirmos e enchermos a cara até cair. (Menos as menores de idade, claro) Sério, eu amo vocês. ❤️❤️

— Desculpe, a vaga já foi preenchida

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— Desculpe, a vaga já foi preenchida. - uma mulher loira de nariz empinado me olha de cima a baixo.

— Mas o o aviso ainda está na porta. - aponto na direção do cartaz, no qual estava escrito " ESTAMOS CONTRATANDO ATENDENTES"

— Ah, eu esqueci de tirar. - deu um sorriso amarelo. Vadia mentirosa.

Olho para o interior da loja, onde moças brancas circulavam, mostrando aos clientes as peças caras de roupas. A maioria loira, o que me fez soltar uma risada baixa. O que eu estava pensando? Nunca colocariam uma negra nesse lugar. Era tão repulsivo quanto humilhante. Porra, eu tenho experiência, já trabalhei em algumas lojas e posso ser tão útil quanto essas putas oxigenadas. E o principal, preciso de um emprego urgente.

Saio dali cabisbaixa, com Margot, minha melhor amiga. Ela mostra o dedo do meio para a moça e a mesma nos olha horrorizada. Estava tão pra baixo que sequer consigo achar graça. Me sento no primeiro banco que avisto e minha amiga se acomoda ao meu lado.

— Ei, você vai achar algo, Rih. - me empurra com o ombro. — Não fica assim. - não a olho, apenas observo as pessoas caminhando a nossa frente.

Pareciam tão despreocupadas, seguindo suas vidas, com sorrisos largos e mãos cheias de compras. Não invejo nada disso, mas sério, a vida é tão injusta. Dou duro desde minha adolescência, sempre trabalhando para dar o mínimo de conforto para minha mãe e minha filha. Aos trancos e barrancos consegui meu tão sonhado diploma, cursei administração e pra quê? Para conseguir um bom emprego e ser perseguida por um chefe filho da puta que não soube receber um não e fodeu com a minha vida. Nenhuma empresa me contratava, era como se meu nome tivesse alguma maldição.

E agora, até mesmo as lojas que não pagariam o mínimo para uma vida digna me dispensavam.

— Minha mãe não está bem, precisa de ajuda e eu não estou conseguindo mais segurar essa barra. - meus olhos se enchem.

Estávamos perdendo a casa. Não era uma mansão, mas era nosso lar, foi onde meu bebê nasceu. Minha mãe não tem muita idade, na verdade, é jovem. Tem quarenta e sete, mas a uns anos se afundou em uma profunda depressão. E agora, com todos os problemas financeiros que enfrentávamos deixou a situação ainda pior. Era difícil para mim ver uma mulher tão cheia de vida e que praticamente me criou sozinha, assim, definhando pouco a pouco.

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