Capítulo 2

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Já na mansão que passaria meus próximos dias, Sophie olhou tudo com uma expressão curiosa e entusiasmada

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Já na mansão que passaria meus próximos dias, Sophie olhou tudo com uma expressão curiosa e entusiasmada. Pobrezinha, nunca viu uma casa desse tipo. Nem eu na verdade, mas pelo menos sabia disfarçar.

— Nossa mamãe! Parece um castelo! - olhinhos brilhantes me fitam.

— E esse castelo só precisava de uma princesinha. - não sei de onde o gostosão surgiu.

Agora, não estava mais de terno. Usava um moletom preto e largo, uma blusa na mesma cor que ressaltava o show de músculos. Era todo gostoso, pena que é maluco.

Aubrey se ajoelhou diante da minha menina, que sem dúvidas herdou meu fraco. Ela já estava sorrindo pra ele, toda derretida. Daqui a uns anos vou ter uma conversa séria com ela.

— Você é o namorado da mamãe? - esperança ditou seu tom.

— Sou sim. - apertou seu queixo. — E quero que você fique a vontade, ....- me olhou um tanto desesperado.

Ah droga, não falei o nome dela.

— Sophie, você gostou da casa? - fiz uma pergunta besta, apenas para pronunciar o nome do anjo. Ele me olhou em forma de agradecimento.

— Amei! - e pulou no pescoço dele.

Arregalei meus olhos, ele se surpreendeu e demorou um pouco para retribuir o carinho da criança. Quando se soltaram, ela correu na direção de uma estante.

— O que é isso, tio Aubrey? - estava diante de um aparador, onde ficava uma vitrola. Era uma graça, com um formato de maleta.

Ela enfeitava o móvel, junto com umas garrafas e outros itens decorativos mais acima. Me aproximei para tira-la de perto, mas a mãozinha rápida já estava cutucando o interior da mala turquesa

— Souf, para com isso. - estava prestes a puxa-la para perto, mas ele também se aproximou e se abaixou novamente, pegando em sua mão.

— Já tinha visto uma vitrola? - ele perguntou em um tom brando, ela negou com a cabeça. — Olha só...-girou o botão do volume até a luzinha vermelha acender. — Agora, a gente tem que tirar a trava da agulha. Delicadamente. Assim. - a guiando, seguia a própria instrução.. — Aí, a gente mexe nesta alavanca aqui. E o disco começa a rodar, tá vendo? - ele a ajudava, Souf estava encantada.

O homem se pôs de pé e quando girei a cabeça para fitá-lo, encontrei seus olhos grudados em mim. As íris escuras passearam sem pressa pelo meu rosto, e o modo como ele me olhava provocaram uma ebulição em meu corpo e um burburinho em meu peito. Aparentemente, ele não tinha ligado a vitrola, mas tinha acionado as batidas e aumentado a frequência do meu coração.

Aterrorizada pelo vigor das pulsações, desviei o olhar.

Ele é bonito demais, que inferno.

Então, minha pequena posicionou a agulha e desceu o braço de metal até a ponta afiada tocar a lustrosa superfície negra do vinil. A melodia de You Are Everything, na versão de Rod Stewart, encheu a sala.

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