Capitulo 13

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RAFAEL.

Entrei em casa e Madu entrou logo atrás de mim, toda tímida e calada.

Igual estava no carro há minutos atrás, porra, que mulher gostosa. Que beijo bom, ela é impecável. Meu desejo é foder só ela pra sempre.

Ela tá totalmente entregue, ou talvez seja só a tensão sexual falando mais alto que minha real vontade. Mas dentro daquele carro eu quis fazer com que ela seja minha e só minha.

Talvez Cauê tinha razão. Não vale a pena foder com a mente dela só em troca de vingança pelo pai dela, ela não tem nada a ver com ele.

- Quer comer alguma coisa? - perguntei indo pra cozinha e ela me seguiu.

- O que você sabe cozinhar? - ela perguntou se sentando na bancada enquanto eu tava do outro lado a observando.

- Eu sei fazer miojo. Ou podemos pedir alguma coisa.

- Não, não. Eu quero comer miojo. - ela disse decidida.

- Vou fazer e você vai provar o melhor miojo da sua vida.

- Na verdade eu nunca provei miojo. Na minha casa minha mãe não come esse tipo de coisa e ela me mataria se soubesse que eu to comendo, mas a vida é só uma. - ela disse meio triste e eu estranhei, já que em todas as redes sociais eles pareciam a família perfeita, mas ela fala dos pais com um certo desgosto ou ressentimento.

- Ela não precisa saber... - eu dei de ombros. - E se você gostar eu faço um estoque pra você vir comer todo dia na minha casa.

- Boa tentativa de me fazer vir aqui todo dia, mas eu sei que faz mal. - ela gargalhou e eu a acompanhei.

Maria Eduarda era mais viciante do que eu imaginei, ela era encantadora, seu olhar era sem maldade, era engraçada a forma como ela ficava envergonhada quando eu falava alguma putaria. Mas ao mesmo tempo gemeu sem timidez alguma enquanto meu dedo estava dentro dela. O perfeito equilíbrio.

- Não custa nada tentar. - fui até ela e beijei seu pescoço que já tinha uma marca. - Quer tomar um banho enquanto ferve a água? - ela assentiu. - Vem, eu vou te mostrar onde fica o banheiro.

A puxei pela mão e a abracei por trás enquanto andávamos. Ela estava com o short jeans, mas sem camisa, só com a parte de cima do biquíni.

A diferença na nossa altura era de uns bons centímetros. Eu chutava que ela tinha 1,60cm de altura enquanto eu media meus quase 1,90cm.

A levei até o banheiro do meu quarto e mostrei onde ficavam os pertences.

- Qualquer coisa me chama. - ela assentiu e me expulsou do banheiro.

Eu poderia entrar com ela no banho e terminar o que começamos no carro, mas eu não tinha pressa. E tomar banho junto é pra quem tem um nível mais profundo de intimidade, o que não é nosso caso. Por isso deixei ela a vontade e terminei o macarrão instantâneo.

- Rafa? - ela me chamou de dentro do quarto e eu fui até lá.

- Oi, linda. - coloquei a cabeça pra dentro do quarto e ela me olhou vestida só com a toalha.

- Eu esqueci minhas roupas no carro. Posso usar uma blusa sua?

- Pega aí no closet.

- Obrigada. - ela foi pro closet que eu apontei e eu voltei pra cozinha.

Sentei no sofá pra esperar a bonita se arrumar, deixei as tigelas com

Não demorou nem dez minutos e minha campainha tocou. Merda! Hoje era domingo, dia de Felipe e Cauê virem aqui pra casa. No caso, só Felipe veio hoje.

Olhei pelas câmeras pra ver se era ele, e neguei a entrada dele, na mesma hora ele me ligou.

- Ei porra, tá me negando porque? - ele disse assim que eu atendi.

- Vem outro dia, hoje não vou te atender.

- Ah, mas você vai sim. Ou pensa que eu vim aqui a toa?

- Pelo amor de Deus, você não tem casa porra? To com visita, volta outro dia. - desliguei e vi pelas câmeras ele digitando algo no celular, recebi uma mensagem dele mas não abri e ele desistiu e foi embora.

- Atrapalho alguma coisa? - ouvi a voz doce de Maria Eduarda. - Se você quiser receber sua visita eu posso ir pra casa.

- Não era ninguém importante. Vem, senta aqui. - apontei pra minha perna e ela veio, toda acanhada. Cheirei seu pescoço e mesmo usando as minhas coisas, ela não perde esse cheiro. - Perfume bom esse seu, tomou banho de mar e de chuveiro e ele não saiu.

- Tem que ser bom mesmo pelo valor que ele custa. - ela riu. - Não que seja da minha conta, mas quem era no telefone?

- Um amigo meu que vem aqui todo domingo. Mas hoje eu tenho outra programação, não vou receber ele.

- E qual seria sua programação?

- Envolve uma loirinha tímida, muita comida e muita pegação.

- Pegação? - ela se interessou nessa parte e eu ri. - Me faz gozar de novo? - pediu como uma criança pedindo doce.

Me surpreendi com seu pedido, mas vejo que ela estava quebrando milhares de barreiras dentro de si.

- Quantas vezes você quiser. - beijei sua boca. - Mas antes eu preciso te alimentar. - peguei a tigela com o macarrão e entreguei pra ela.

Ela pegou uma quantidade com o garfo e colocou na boca, seus olhos se fecharam pra conhecer melhor o gosto.

- Gostinho de sódio, câncer e tudo ruim. Mas é bom, muito bom. Obrigada!

Selou nossos lábios e eu dei um meio sorriso pra ela. Ela foi comendo enquanto eu mexia no meu celular, Felipe ainda mandou algumas mensagens mas eu nem abri. Tinha mensagem da tia de Cauê também avisando que ele já estava falando e perguntou por mim, respondi a ela que eu iria amanhã cedo ver ele, depois veria dona Jane e tentaria entender o que estava acontecendo.

Eu tinha muita coisa pra resolver, não é nada fácil estar no meu lugar.

O CHEFE DO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora