❈𝐋𝐮𝐧𝐚 𝐋𝐢𝐥𝐢𝐮𝐦❈ ~ 1° ᏞᏆᏙᎡϴ (Reescrito)

• 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟕 •

»----- Boa Leitura -----««
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Nᴀ̃ᴏ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴀᴄᴏsᴛᴜᴍᴀᴅᴏ ᴀ ᴀᴄᴏʀᴅᴀʀ ᴀɴᴛᴇs ᴅᴀs ɴᴏᴠᴇ ᴅᴀ ᴍᴀɴʜᴀ̃. Os primeiros raios de luz mal conseguiam atravessar as cortinas pesadas da sala de estar de Somnter, onde eu estava. Do lado de fora, a chuva caía incessantemente, um tamborilar constante contra as janelas, enquanto Lilly conversava a sós com Harry. Toda a família estava tensa com sua visita ao rei.

Eu estava em uma das salas de estar de Somnter. Estavam comigo Scorpius, Draco, Cedric, James (o avô) e Regulus. O ambiente estava carregado de um silêncio denso e palpável. Não dissemos nada, poderíamos ter saído mais cedo para o Ministério, mas eu não queria ver meus pais e Draco e Cedric queriam ver sua filha, e eu também queria vê-la.

Quando vimos Lilly e Harry descendo a imponente escadaria da mansão Somnter, todos nós nos levantamos quase que instintivamente. A tensão pairava no ar, palpável como uma nuvem escura que ameaçava desabar a qualquer momento. Harry, com sua expressão preocupada e cansada, lançava olhares furtivos para Lilly, sua filha, que parecia perdida em pensamentos distantes, mal retribuindo os olhares do pai. Era evidente para todos nós aquele distanciamento.

Assim que eles alcançaram o final da escada, o ambiente pareceu congelar por um breve instante. Harry se aproximou dos maridos, Cedric e Draco, com uma gravidade solene estampada em seu rosto. Enquanto isso, Lilly caminhou em minha direção, atravessando o espaço entre nós com passos delicados e expressão serena, ainda que seus olhos carregassem uma tristeza que eu reconhecia profundamente.

Ela parou diante de mim, um sorriso tímido nos lábios vermelhos que contrastavam com seus cabelos ruivos. Seus olhos verdes, normalmente radiantes de vida e energia, agora refletiam uma melancolia contida, como se ela carregasse o peso de preocupações além da nossa compreensão naquele momento. Eu me senti compelido a envolvê-la em meus braços, a protegê-la de tudo que pudesse perturbá-la, mesmo sabendo que nem sempre poderia.

Sem pensar, afastei uma mecha rebelde de seu cabelo e a beijei suavemente na testa. Era um gesto íntimo, carregado de carinho e apoio silencioso. Lilly suspirou contra meu peito, seus braços se enlaçando ao redor de mim, acariciando minhas costas com movimentos suaves que transmitiam uma calma profunda.

Era nesses momentos que eu sentia a verdadeira essência de Lilly, além das fachadas que ela muitas vezes precisava manter em público. Ela era forte e corajosa, mas também vulnerável e humana. Sua presença ao meu lado era um bálsamo para minha própria alma inquieta, um lembrete de que juntos poderíamos enfrentar qualquer desafio que a vida nos trouxesse.

Tudo estava perfeito naquele breve instante de intimidade, até sermos interrompidos pela tosse inoportuna de Scorpius. Seu tom impaciente e a expressão mal disfarçada de irritação que ele tentava esconder não escaparam à nossa percepção. Lilly sorriu em concordância com seu irmão e me beijou na bochecha, seus lábios macios deixando uma sensação de calor e conforto que eu desejava guardar para sempre.

─ Qualquer problema, me manda mensagem ─ ela sussurrou suavemente, seus olhos verdes encontrando os meus com uma intensidade que era ao mesmo tempo reconfortante e desafiadora ─ Eu te amo.

─ Também amo você ─ respondi, deixando-me levar pelo impulso de beijá-la nos lábios desta vez, buscando transmitir todo o amor e apoio que eu sentia por ela naquele gesto simples, mas carregado de significado ─ Boa sorte.

─ Para você também ─ Scorpius bufou, sua impaciência evidente conforme ele chamava Lilly para partir. Sua voz era um lembrete constante de que o tempo não esperava por ninguém, nem mesmo por sentimentos tão profundos quanto os nossos.