• 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟖 •

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»»————- Boa Leitura ————-««
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O ᴅɪᴀ ᴀᴍᴀɴʜᴇᴄɪᴀ ᴘᴏʀ ᴠᴏʟᴛᴀ ᴅᴀs ᴄɪɴᴄᴏ ᴅᴀ ᴍᴀɴʜᴀ̃, À essa hora, eu deveria estar levantando, mas depois de passar a noite toda lendo sobre a dança dos dragões, acabei perdendo completamente o sono. Após ler sobre a Revolução Francesa, surgiu uma vontade inesperada de comer bolo.

A verdade é que essa vontade surgiu em um momento oportuno. Cozinhar sempre me acalma.

Estava profundamente pensativa após visitar meu bisavô. Talvez papai tenha razão: ele não está tão lúcido quanto costumava ser. Em compensação, Grindelwald parece estar bem, embora compartilhe a mesma opinião do rei. Honestamente, ambos parecem loucos. Nem em milênios eu seria "A Canção de Gelo e Fogo".

Não me importo com a tradução ou com o quão versátil essa profecia pode ser em relação ao gênero. Não importa a quem a profecia se referia, essa pessoa não sou eu. Não pode ser eu.

Coloquei a água para ferver e fazer um chá enquanto ouvia "The Planets" (Op. 32, Orquestra Filarmônica de Viena), uma suíte orquestral de sete movimentos do compositor inglês Gustav Holst, escrita entre 1914 e 1917. No último movimento, a orquestra é acompanhada por um coro feminino sem palavras. Cada movimento da suíte tem o nome de um planeta do Sistema Solar e seu suposto caráter astrológico.

Dançava ao som da música, e a camisola curta de renda acompanhava meus movimentos, quase me fazendo esquecer a tarde passada.

O segundo movimento, Vênus, a Mensageira da Paz, contrastava pela placidez e pelo andamento lento. Enquanto passava o glacê nos mini bolinhos, conversava com meus gatos: Louie, Duquesa, Salém e Safira. Tecnicamente, não estávamos conversando; eles estavam discutindo sobre qual deles havia escondido um coelhinho de pelúcia. Essa discussão já durava duas horas. Antes era divertido, mas agora estava cansativo, e eu não ia me meter.

Coloquei pétalas de lavanda e de acácia branca em uma xícara com mel. Separei um dos bolos e peguei alguns biscoitos de baunilha, posicionando tudo em uma bandeja de prata e indo até os jardins. O dia estava fresco, o sol começava a aparecer.

Estava na metade do chá quando senti alguém familiar se aproximando. Graças à maldição ancestral, consigo sentir quando alguém se aproxima e, dependendo da pessoa, reconheço-a. Graças à parte lilitu da minha alma, posso ver se é boa ou ruim. Demorei a perceber que Regulus se aproximava enquanto divagava.

Tentei me concentrar em não rir quando o visse. Uma tarefa que, ao meu ver, seria quase impossível.

Para esclarecer: a biblioteca fica em frente ao quarto dos meus avós. Entre o roubo do trono de Rhaenyra Targaryen, que, diga-se de passagem, era a única merecedora do mesmo, e a decapitação de Marie Antoinette, acabei indo visitar Hugo e ouvi algo que preferia não ter ouvido.

Por que nunca trancam a porta?

Regulus se sentou na minha frente com uma xícara bem grande de chá, onde estava escrito: "Melhor Avô do Mundo". James, meu irmão, havia lhe dado essa xícara há alguns anos. Nela tinha sua mão carimbada com tinta. O homem sorriu sonolento; duvido que ele tenha dormido.

Respirei fundo, tentando ao máximo segurar minha risada constrangida que estava prestes a ser liberada.

— Noite agitada? — perguntei, sorrindo.

— Pelo que vejo, não fui o único — insinuou, me olhando sugestivamente. Nada em minha aparência dava indícios da minha noite, mas meu avô sabia me ler melhor do que ninguém. — Não sou o maior fã da ideia dele morando aqui — admitiu. Não é como se fosse segredo.

❈𝐋𝐮𝐧𝐚 𝐋𝐢𝐥𝐢𝐮𝐦❈ ~ 1° ᏞᏆᏙᎡϴ (Reescrito)Onde histórias criam vida. Descubra agora