Capítulo 3 - Qual seria o meu valor?.

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Ethan

Termino meu banho e me olho no espelho, observo meu corpo e meu rosto, vendo o quão na merda estou parecendo.

Suspirando tento ter forças e apesar de tudo penso em que eu tenho agora.

Eu tenho um objetivo e é a vingança, pelos meus pais e principalmente, por mim.

Saio do banheiro e do quarto, mas já imediatamente me vejo perdido pois essa casa é tão desnecessariamente grande que me deixa frustrado.

Vejo uma jovem com uniforme de empregada e tento chamar atenção dela - Oi! - Grito e ela me olha, vindo até a minha direção.

- Olá senhor Collins eu sou a Lívia uma jovem empregada, o que você precisa? - Ela me cumprimenta e eu sorrio de alívio.

- Oi Lívia, sou o Ethan como eu acho que você sabe e eu queria saber se você poderia me levar até a cozinha, eu estou meio que... perdido - Falo desajeitado e ela sorri pra mim murmurando um "siga me" como mandado a sigo.

- Então, você trabalha aqui já há a um tempo Lívia? - A questiono tentando tirar o máximo de informações.

- Há uns anos sim senhor - Ela fala sem me encarar.

- Conheceu meus pais?.

- Sim, conheci - Ela diz indiferente.

- Pode me contar algo sobre eles? - Mordo meus lábios e ela para o caminho, me olhando com uma expressão séria.

- Senhor você deveria ter mais cuidado, as paredes tem ouvidos - Ela continua seu caminho e eu a sigo, estranhando esse seu comportamento misterioso.

Não demorando muito, me vejo já na cozinha e Lívia se afasta, indo pra sei lá aonde.

Com a visão em minha frente me vejo inconscientemente secando Michael.

Michael está se inclinado pra baixo mexendo nos armários e sem que ele perceba, sua camisa sobe mostrando suas tatuagens e principalmente... a droga dos seus músculos.

Pisco algumas vezes tentando lembrar a mim mesmo quem ele é e me aproximo dele, sentando em um dos bancos ao redor da mesa grande que tem na cozinha - Você por acaso é um chefe?.

Ele se levanta olhando pra mim me dando um sorriso irônico - O melhor que você já viu, conserteza amor.

Rio zombando dele - Isso eu duvido.

Ele arquea as sombrancelhas, pegando uma colher de pau e pegando um pouco de sopa da panela, a direcionando pra minha boca.

Meio desconfiado, permito abrindo a boca e o gosto salgado porém bom ao ponto de me dar água na boca, explode em minha língua.

Inconscientemente gemo pelo sabor e o vejo me dando um olhar zombeteiro - Você volta muito fácil em suas palavras não acha?.

Afasto a colher da minha boca já irritado e ele ri de mim zombando - Quem diria o mais temido chefe da máfia, frio e assassino sendo cozinheiro, estou surpreendido de fato.

Ele me olha sorrindo com diversão - Você por acaso tem algum preconceito com "temido chefe da máfia, frio e assassino" sendo cozinheiro senhor Collins? - Ele se vira desligando a sopa do fogo.

- Longe de mim senhor Gonzales, só estou surpreso - Dou de ombros e Michael coloca a sopa em dois pratos, os colocando na mesa e se sentando próximo de mim - E estou curioso sinceramente, se eu pegasse essa colher e enfiasse na sua garganta e depois fugisse?... você não teme isso Gonzales? - Penso alto e percebo, o dando um sorriso inocente enquanto como sua deliciosa sopa com alguns vegetais e apesar do chefe da sopa ser um incorrigível monstro, é difícil não degustar.

Infinitamente seu (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora