What a Time

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What a Time by Julia Michaels and Niall Horan

Aviso: Não vou entrar em detalhes com nomes de remédios, tratamentos e etc. porque já falei que sou leiga no assunto. Então, por favor, não se atentem a detalhes e finjam que eu sei de tudo, só leiam e concordem 😂.

...

Rosamaria POV

Graças a Deus, sexta feira! Essa definitivamente foi a semana mais difícil que eu tive em um bom tempo, eu me sentia exausta e como se estivesse tentando equilibrar mil coisas nas minhas mãos. Só queria passar um diazinho com meus pais e também tirar esse peso das minha adotas e começar logo o tratamento correto pra semana que vem eu conseguir treinar e, na próxima segunda, viajar tranquila pra Macau junto com a seleção. Naquela semana iríamos iniciar oficialmente a temporada de seleção no ano olímpico e havia muita pressão sobre nós, iríamos enfrentar Polônia, que não chegamos a enfrentar ano passado mas que estava em uma crescente absurda, e Estados Unidos, que seria um bom teste pra sabermos onde nos encontrávamos de frente ao nosso grande rival. Também iríamos jogar contra outras seleções mas que não preocupava muito.

"Já tem dupla?"

Fui interrompida dos meus pensamentos enquanto me alongava no chão da quadra quando alguém se pôs na minha frente fazendo sombra. Olhei pra cima pra ver Carol com uma bola embaixo do braço sorrindo pra mim. Eu assenti e apontei pra Roberta do meu lado, quer dizer, onde antes a Roberta estava. Franzi o cenho e procurei ela na quadra, já estava aquecendo com bola junto de Júlia. Cerrei os olhos pra ela pensando em como ia fazer drama sobre ela ter me abandonado.

"Acho que não." Sorri sem graça e me pus de joelhos pra me levantar, ela rapidamente colocou a bola no meio das pernas e ofereceu suas mãos de apoio. Eu aceitei de bom grado. "Obrigada."

Hoje foi um dia que amanheci muito enjoada, porque teimei em tomar meu antigo remédio que aparentemente já não me ajudava com as dores, mas ele sempre deu esse efeito colateral de ânsia. Por ter tomado ele pra dormir, acordei sentindo tudo que não queria, dores, ânsia e fraqueza. Roberta ainda disse que gemi de dor a noite inteira. Torcia pra Zé entender meu estado físico e pegasse leve no treino.

Agora eu ficava cansada com bem mais facilidade, só bastava um treino contínuo de qualquer fundamento, mesmo que seja pra dar uma corridinha de um lado pro outro da quadra, eu já estava suando e respirando com dificuldade. Hoje, no fim da tarde, encerraríamos as atividades da semana e estaríamos liberadas pra ir pra casa. Então queria aproveitar bem esse treino, ignorar todos esses problemas que me faziam treinar mal e dar meu melhor.

Carol e eu aquecíamos ataque e defesa, ela batia, eu defendia e vice e versa. Em algum momento ela começou a se divertir atacando várias vezes seguidas ao invés de levantar pra eu atacar. Era uma brincadeira comum que fazíamos quando estávamos aquecendo com as líberos. Ela alternava de atacar, largar bolas super curtas, fazendo eu me jogar no chão ou largar bolas mais longas. Eu também ria mas no fundo queria pegar aquela bola e atacar na cara dela por já estar me fazendo ficar cansada no aquecimento.

Ela largou uma super curta, quase em seus pés e eu dei um peixinho no chão pra pegar, ainda toquei na bola mas ela não subiu. Continuei deitada enquanto ela ria de mim. Virei de barriga pra cima e ela me ajudou a levantar, o mundo girou várias vezes em meus olhos mas eu não demonstrei, só olhei pro chão e me concentrei em voltar ao eixo.

Ouvi quando Zé passou por nós e repreendeu Carol, "Pega leve, Carol!" Reclamou e eu lancei um olhar mortífero pra ela, que logo entendeu o recado dele.

"Desculpa, cê ta bem?" Ela parou de rir e demonstrou preocupação.

"Vai, continua." Falei me abaixando pra pegar a bola no chão e me afastando indo pra minha posição inicial. Ela também fez o mesmo e voltou a controlar a bola como era pedido de nós.

NocauteWhere stories live. Discover now