Capítulo 22

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Eu não me sentia confortável em conversar sobre como as coisas costumavam ser. Desde que cheguei a essa cidade e fui mergulhada em todos esse sentimentalismo, algo em mim sempre pesava, eu sentia uma amargura sobre a forma como eu vivia a minha vida.

No passado eu não teria me importado, isso é um fato, mas as coisas mudaram depois que encontrei Charlie e passei a fazer parte do seu mundo. Falar como tudo tinha acontecido para a sua filha, como tinha sido o início dela nesse mundo sobrenatural não era confortável... ainda mais pelo fato de ter sido pelas minhas mãos. Eu posso não ter sido a causadora, aquele que praticamente condenou o seu destino trazendo demônios insanos e vingativos para a sua vida, mas fui aquela que pregou o último prego em seu caixão. Um caixão que ela nunca de fato usou, porque nunca chegou a morrer.

Eu não queria que Charlie me visse com outros olhos. Jasper conhecia o meu pior, ele poderia imaginar o que estava por vir, mas Charlie não. Embora ele soubesse quem eu era, o que eu costumava ser e fazer, ele de fato me conheceu depois de eu ter finalmente entendido que eu não precisava destruir tudo e a todos, para governar eu não precisava me impor de uma forma opressora e esmagadora. 

Eu poderia ser temida, e eu era, mas acima de tudo eu tinha que ser esperta, ao mesmo tempo eu tinha finalmente entendido que não era terras pelo que eu buscava, era por alguém que me entendesse e estivesse disposto a construir junto comigo o que eu tinha perdido, meu lar... minha casa... E Isabella e eu encontramos isso uma na outra, da forma mas conturbada e distorcida possível conhecemos uma a outra e nos entendemos.

- Quando Isabella foi entregue a mim, eu não tinha a mínima ideia do que fazer com ela. - o rosnado de Jasper me interrompeu o que me fez revirar os olhos. - Estou falando de um tempo em que eu era uma filha da puta gananciosa, eu não conhecia a menina e não me importava com ela e nem com o porque aquela Vadia ruiva estava querendo me ceder a humana em troca de apenas permissão de transitar em meu território. Foi assim que ela parou em minhas mãos Jasper. Victória queria vingança, ela queria que Isabella tivesse seu primeiro ano da forma mais infernal possível, transformada sem seu companheiro e nas mãos do demônio do deserto que ela tanto ouvira falar.

O rosnado de Charlie me assustou, por um curto período de tempo eu realmente pensei que tinha sido demais para ele ver quem eu tinha sido na vida da sua filha, que de certa forma, eu participei das ocorrências que tiraram sua menina dele. Muitas coisas foram tiradas de mim quando fui arrastada para esse mundo, eu podia não me lembrar de muitas coisas do meu passado, mas a dor da perda era algo que eu tinha carregado por tanto tempo, que era impossível de se esquecer. Esse era o combustível que me alimentava todos os dias e me fazia seguir de cidade em cidade, nunca sendo o suficiente, sempre quebrando e destruindo e querendo mais.

Eu ajudei a causar essa dor nele. Eu tinha ajudado a tirar uma filha de um pai. E eu sinto muito vergonha em dizer que a Maria daquela época não se importaria nem um pouco, se ela fosse filha, irmã, neta ou até mesmo mãe de alguém. Ela não se importaria.

Essa sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora