Capítulo 33

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Eu me lembrava de tudo.

Mesmo sabendo que não eram minhas escolhas, minhas decisões e nem minha vontade fazer tudo aquilo, a falta de controle se tornava ainda mais opressora agora do que quando eu estava sendo manipulado por Riley, naquela hora tudo o que eu sentia era alívio, tranquilidade e paz. Como se o fato de eu não precisar pensar, sentir e até mesmo me importar tivesse tirado um peso enorme de mim.

Mas a que preço?

"...Um líquido quente, escaldante tomou conta do meu pescoço, fazendo a queimação em minha garganta ser mil vezes pior que o normal, como se tivesse tomando conta de tudo, me afogando... era como se algo fosse se prendendo em todos os meus nervos e por um curto espaço de tempo meu corpo não pertencesse mais a mim... até que minha própria mente se afogou em algo que me trazia apenas o sentido de que eu deveria matá-la. E era isso que eu faria..."

Minhas ações mesmo que tivessem sido poucas, comparadas aos outros que ficaram sob o controle daquele menino e Victória por meses a fio, me atormentavam porque eu me lembrava da importância que era matar Isabella, tudo em mim todas as minhas escolhas, decisões e valores, estava tudo disturbado, ela tinha cordas embaralhadas em todo o meu ser me moldando e manipulando a sua vontade, e eu precisava fazer tudo o que ela desejava custe o que custasse. 

E eu quase fiz... eu quase a matei. 

Mesmo quando as coisas tivessem começado a ganhar outras cores e sentimentos, mesmo quando ela tivesse se tornado ainda mais brilhante e chamativa para mim, mas estava tudo tão bagunçado... tão bagunçado quanto os que meus últimos 70 anos fizeram comigo.

"Aquelas duas criaturas que avançavam tentando me conter faziam parte do meu passado, eu sabia disso e de que de alguma forma eles também eram importantes, mas não tanto quanto a raiva que eu sentia por eles se colocarem entre o meu caminho e o dela, e eu não deixaria que ficasse assim."

Eu odiava quem eu era. Por culpa de tudo o que eu tinha feito quando estava no controle de Maria, da forma como eu lutava, a forma como eu os matava, a minha violência e a sede de como eu poderia ser o medo e a dor daqueles que eu estava atacando, vampiro ou humano, me fez se sentir a pior pessoa do mundo por longas décadas depois que eu me livrei daquele véu de ganância que Maria tinha usado para me cegar, eu sentia vergonha dos meus atos, daí a cobrança de ser melhor, de decidir fugir de tudo o que me lembrava o meu passado, e me livrar de qualquer coisa que me lembrasse quem eu fui tanto como vampiro recém-nascido e até mesmo como humano, essa tinha sido a linha que eu tinha cruzado e onde meu erro realmente começou.

"Isabella... Isabella... Bella... os olhos castanhos e bochechas deliciosamente coradas por conta da concentração de sangue no local, ela era tão linda e deliciosamente cheirosa... Edward sempre a manteve fora do meu alcance, a lembrança de como eu quase consegui chegar perto do seu sangue lavando o chão da sala chique dos Cullens, a forma como ela estava caída no meio de tanto vidro ferida e ofegante... tão tentadora... enquanto eu era arrastado para longe de tudo aquilo, longe dela, e aquilo doía até mesmo naquela época.

Essa sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora