Capítulo 32

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Maria não me deixou sozinha por muito tempo, ela voltou quando estava cuidando dos ferimentos de Damian. Ele tinha novas lacerações em seus braços e costas, provavelmente nas tentativas de proteger o bebê que ele mantinha preso em seu peito. Nós precisávamos fechá-los para que seu veneno parasse de escorrer. Fizemos um trabalho silencioso deixando que cada um ficasse sozinho com seus pensamentos, eu não queria que Damian ficasse se culpando por algo que ele não tinha total controle, mas, mesmo assim, eu sabia que ele precisava desse tempo, quieto e pensativo.

Charlotte foi a próxima a aparecer trazendo sangue. Ela não demorou a estender uma bolsa para Damian que hesitou em pegar e outra para mim que a ignorou totalmente ainda trabalhando nos cortes nas costas do menino.

- Damian não é o único que precisa se alimentar Isabella. A encontramos desapagada e não tivemos tempo suficiente para conseguir algo para você recuperar suas forças. - a cabeça de Maria se virou em minha direção e eu a ignorei também querendo gritar com Charlotte. O que aconteceu em Portland não tinha se tornar pauta a ser discutida ainda, e eu não deixaria que virasse enquanto eu não tivesse terminado com o que Victória tinha iniciado aqui.

Stefan tinha de alguma forma chegado até mim. Mas ele não era mais um problema que teríamos que lidar, já as consequências e as razões do seu feito, isso poderíamos discutir depois.

- Por favor, Bee. - Damian pegou a bolsa que estava estendida para mim, ele se afastou do alcance das minhas mãos e me estendeu ele mesmo a bolsa de sangue.

Suspirei olhando para os três parados na minha frente e não tinha como não lembrar de todas as vezes em que eles estiveram nessa mesma posição depois dos meus surtos. Como eles estavam sempre prontos para me receber e me remendar sempre que saía do controle de Handall, todas as vezes que eles me encurralavam quando eu mesma me privava de me alimentar junto com os outros querendo algo diferente de sangue, depois de estar tão perturbada com as motivações que Handall me infligia.

E o pensamento de que eu poderia ter perdido tudo isso. Eu quase perdi. Stefan tinha tanta confiança de que eu não teria para onde voltar... para quem voltar. E eu não fazia a mínima ideia do quão perto da verdade ele estava.

Eles não precisavam da minha teimosia, dos meus problemas dando as caras justamente agora que tínhamos as mãos cheias. Eu aceitei a bolsa e me sentei na mesa do refeitório ao lado de Damian furando a bolsa de sangue e deixando o líquido frio, por estar no refrigerador, escorrer por minha garganta, ele não apenas aliviava a queimação nela, ele ia paralisando qualquer angústia que eu vinha sentindo e era incrível como minha mente ia clareando como se fosse passe de mágica.

Charlotte e Maria assumiram os cuidados enquanto eu apenas fiquei ali ao seu lado enquanto nos alimentávamos juntos.


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