Capítulo 19

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Não tinha sido um sonho, e muito menos um delírio... Porra.

Eu ainda sentia sua mão em meu seio, seu peito ainda estava colado em minhas costas nuas, na verdade todo o seu corpo nu estava colado ao meu, nossas pernas tão entrelaçadas quanto "nós" utilizados por marinheiros. Eu podia sentir sua respiração calma em meu pescoço enquanto ele tinha seu nariz enfiado em meus cabelos, estando tão calmo e quieto quanto eu.

Não era um sonho... e nem um delírio... porra, era melhor eu parar ou me tornaria repetitiva.

Nunca, em todos esses anos, eu senti uma tranquilidade e sucumbi a ela. Deixando minha mente vagar de uma forma tão lenta, como se o mundo ao meu redor passasse por ela de uma forma tão nublada e secundária, como se fosse um sonho enquanto eu desfrutava do tão falado sono dos justos.

Mas nós não dormíamos. E Graças a Deus, por isso.

O dia de ontem tinha me custado muito. O dia tinha amanhecido perturbando minha mente de uma forma que me fazer compreender tudo o que aquilo significava, estava sendo muito difícil. E diferente das últimas vezes, eu não tive o impulso de correr, eu não saí para clarear a mente. 

Algo me prendia naquela casa, naquela cidade. E eu sabia o que era, o que deixava tudo tão desesperador, porque eu não esperava por isso. Nem me sentir assim. Eu não queria aceitar esse sentimento, porque eu não sabia o que fazer com ele. Como agir com ele.

Mais Charlotte estava certa. Ela sempre está... o que adiantava eu fugir? Estamos aqui todos juntos nessa cidade novamente depois de 17 anos. Só nos prova que sim, nós temos todo o livre arbítrio de escolher o que fazer, mas se fosse o nosso destino estarmos juntos... Nós nos encontraríamos. E eu estava cansada de seguir por um caminho mais longo. Eu estava cansada e não queria ter que lidar com as consequências de uma escolha que eu fiz por teimosia.

Então isso me fez ir até aquela casa e finalmente aceitar o fato de que eles estavam aqui, eu precisava lidar com o fato de que eles ficariam, ou não. Para isso, eles precisavam saber e entender o que estava acontecendo... o que tinha acontecido. 

Então eu precisava falar e conversar... e quando ele abriu a porta, a forma como meu corpo reagiu... a forma como eu me senti ao seu redor. Era uma atração filha da puta, que ia muito além do carnal, como eu nunca tinha sentido antes. Eu me vi preocupada, eu me vi revoltada... eu precisava deixar tudo bem claro... Então eu tinha que conversar com Alice.

Veja bem, não era por nenhum deles. E sim por mim. Porque eu estava aceitando tudo o que eu estava sentindo, eu estava reconhecendo tudo o que estava acontecendo e para que eu não me afundasse novamente, o controle tinha que ser meu... apenas meu.

Alice disse que amava Jasper, e estando lá no quarto deles, o espaço que eu sabia que eles tinham dividido como homem e mulher, eu me lembrei dos dois juntos, de como eles realmente se amavam e doeu, porque eu nunca tinha desejado nada disso. Eu poderia não estar às mil maravilhas em todos esses anos, mas eu seguia inteira. Eu não precisava de uma bomba dessa magnitude caindo em meu colo... mas Char estava certa novamente... porque continuar fugindo do que já era certo?

Essa sou euOnde histórias criam vida. Descubra agora