Isabella finalmente tinha voltado... Não ao seu normal, se bem que a essa altura do campeonato, eu nem saberia dizer de fato como era esse "normal", já que era mais do que óbvio todas as suas mudanças, e como eu tinha tido a chance de vê-los um pouco de cada um em todos esses dias.
Mas o importante era que ela estava aqui, não tão bem. Mas estava inteira...
Foda-se.
Isabella tinha voltado, estava bem aqui na minha frente e eu faria com que tudo ficasse bem novamente.
Antes, eu só precisava respirar... sim, respirar. Porque ver aquela maluca atacar Maria, me tirou a porra de um fôlego que eu nem tinha mais.
***
Ela me levou junto quando saiu do estacionamento, me poupou o trabalho de segui-la. Mesmo com ela rosnando por todo o caminho em que me arrastava pelo braço correndo pela mata, eu não me importava nem um pouco com sua declaração de descontentamento pela minha presença. Seja por estar ali, sendo arrastado junto com ela, ou na delegacia que foi onde tudo começou, ou até mesmo na cidade, já que ela não fez questão de disfarçar nenhuma das vezes que nos mandou sair. Ela não estava contente com nada.
- Por que você estava lá? Não pode só ficar fora de tudo isso? - resmungou enquanto parava próximo de uma árvore, sua mão me soltou tão rápido, quase me fazendo perder o equilíbrio ao ser levemente empurrado. Estávamos na floresta próximo à linha do tratado, eu conseguia ouvir o som do riacho que tinha aqui perto, que fazia parte da divisa dos territórios.
- Eu fui acompanhar Carlisle, não o deixaria ir sozinho, além disso, queria notícias suas.
- Se eu quisesse que soubessem sobre mim eu os deixaria saber. Não pensou nisso?
- Não. Porque eu já estou cansado de deixar tudo por conta dos outros. - me aproximei, isso era verdade, eu estava cansado de deixar a decisão por conta de todos. Eu ainda tinha a conversa com Alice bem fresca na minha mente. Eu tinha começado a fazer as minhas escolhas e não pararia agora.
- Mesmo quando não é da sua conta? Porque é disso que se trata Jasper, minha vida não é mais da conta da sua família. Eu os deixei vir, para que pudessem saber como ajudar um amigo de vocês, não para se meterem na minha vida.
E foi inevitável não lembrar dela no beco. Ela ainda estava com a mesma roupa, o casaco já teve seus melhores dias, a calça também, seus tênis tinham ido há muito tempo e seus cabelos estavam em uma selvageria que só... e seus olhos... eu poderia ser consumido e me afogar em sua fúria muito fácil. E mesmo assim eu não conseguia sentir nada. Eu só queria sentir algo... qualquer coisa dela... então eu me aproximei, circulando meus braços em sua cintura, mas dessa vez encarando seu rosto, curvando um pouco minha cabeça e tendo meu nariz encostado ao seu e tendo suas duas mãos firmes em meu peito, como se pudesse me impedir de me aproximar mais.
- O que... você está fazendo? - ela me perguntou jogando a sua cabeça para trás querendo se afastar e me olhar melhor, mas acabei apertando-a ainda mais em meus braços.
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Essa sou eu
Hayran Kurgu"...Eu tinha despertado para uma realidade aonde eu me sentia poderoso, forte, invencível... Eu tinha um grande potencial, foi o que ela me disse... eu só não sabia que seria para causar tanta destruição, a minha e de quem mais estivesse em minha vo...