Capítulo 22 - Intervenção

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Estaciono o carro nos fundos do Star completamente atrasada, são 19:12, só decidi vir após uma discussão muito séria com meu subconsciente

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Estaciono o carro nos fundos do Star completamente atrasada, são 19:12, só decidi vir após uma discussão muito séria com meu subconsciente. Não faremos nada hoje, vim dizer isso pessoalmente. Até mesmo coloquei um absorvente na bolsa e o sujei com molho barbecue, caso ele desconfie vou no banheiro e finjo tirar jogando no lixo. Medidas desesperadas para momentos desesperados.

Caminho até a porta batendo algumas vezes, não é Ramon quem me recepciona, mas como hoje é quinta feira ele deve estar cuidando do bar. Passo pelo segurança e me esgueiro pelo bar tentando passar despercebida. Acabei não trocando de roupa, então uso o mesmo moletom com cachecol desde cedo.

Subo as escadas e logo entro no familiar corredor. Hoje o Star está movimentado, o som que vem por de trás das portas me faz pensar que Domitila deve investir mais em seu isolamento acústico.

Paro em frente ao quarto batendo contra a madeira, na primeira batida a porta é aberta e vejo sua figura esguia. Seus olhos me examinam, e só de fitar seus olhos sei que está aborrecido por meu atraso.

_ Desculpa, tive que parar para abastecer. _ Minto. _ Como eu havia dito por mensagem hoje não poderemos fazer nada, estou naqueles dias..

Tento me manter distante, o seu olhar um tanto predatório me faz recuar, é como se ele fosse capaz de farejar a minha mentira. Aproximando-se a passos lentos e sem vacilar ele toca no meu cachecol. Seguro a peça com força negando com a cabeça.

_ É isso. Só vim para dizer pessoalmente, tenho que ir embora. _ Mas ao terminar de dizer que preciso ir ele me segura pelo pulso puxando-me até a cama. Tirando um par de algemas de algum lugar ele me prende contra a cabeceira. _ Por favor, sério, não faça isso.

Começo a me debater e o vejo recuar e se levantando e parando à minha frente. Estou meio que deitada meio que sentada, com apenas um pulso preso. Pegando o bloco de papel sobre a mesa ele começa a escrever e o vira para mim.

"Não te forçaria a transar comigo"

_ Então porque me algemou? _ Pergunto fazendo cara feia. Ele volta a escrever e vira o papel jogando o bloco sobre a cama.

"Quero verificar uma coisa"

_Verificar uma coisa? _ Mas antes que eu possa raciocinar ele arranca meu cachecol, suas grande mãos tiram meu cabelo do caminho, tento me esconder, mas vejo seus olhos se arregalaram. Me pego xingando enquanto tento recuperar o cachecol. A marca em meu pescoço é horrível e completamente grotesca, já que chama muita atenção em contraste com minha pele pálida.

Encaro seus olhos, mas o som de sua respiração me faz estremecer, parece um animal furioso. Debruçando-se sobre mim ele arranca meus sapatos e puxa a minha calça deixando-me apenas de calcinha.

_ Por favor, não faça isso! _ Falo me debatendo e tentando usar a mão livre para afastá-lo. Mas nesse processo ele acaba tentando me imobilizar e seu peso recai sobre minhas costelas. Solto um grito de dor e o vejo se afastar focando os olhos onde acaba de tocar. Puxando meu moletom comigo imobilizada sem poder fazer nada fecho os olhos não querendo ver sua reação.

Volúpia (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora