Uma forasteira chega a uma pequena cidade, vindo ao encontro de sua velha tia-avó. Blanca se surpreende com o tratamento rude dos cidadãos de Willow Falls, e o tratamento mais rude ainda do Xerife local, Nathan Turner.
Iniciada 09/12/2023
Finalizada...
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O GPS parece meio louco, ele me leva em direção a Willow Falls, e isso me deixa um tanto desesperada. Será que o mascarado sabe que vivo por lá? Mas logo a mulher diz, vire à esquerda a duzentos metros. Desacelero o carro entrando em uma estrada de terra, se eu dirigisse por mais dois quilômetros já estaria na placa de "Bem Vindo a Willow Falls"
A estrada de terra é engolida pelas árvores, dirijo por toda a vida até ver uma moto estacionada em frente a uma cabana, as luzes estão acesas. Parece bem mais escuro aqui no meio da floresta, estaciono o carro um pouco atrás da motocicleta.
_ Só pode ser aqui. _ Na mensagem com o endereço ele disse que seria um lugar privado, e isso aqui é no meio do nada. Aposto que de noite deve ser um tanto assustador.
Caminho até os degraus segurando minha bolsa com força, por algum motivo vem a memória de ir na casa daquele Russo. Eu nunca vi o mascarado fora do Star, mas..
_ Não seja boba, ele nunca me machucaria.
Ergo a mão batendo contra a madeira, a porta logo é aberta. Na expectativa achei que ele poderia estar sem sua habitual balaclava, mas me enganei. Por outro lado, o vejo usando roupas muito mais casuais. Com uma calça larga jeans e camiseta preta ele me encara.
_ É realmente bem escondido. _ Falo apontando para as árvores. _ Espero que não tenha planos de me matar e enterrar meu corpo por ai.
Cruzando os braços ele dá um passo para trás para que eu entre. Olho em volta, o lugar é muito bem decorado, as paredes de madeira, as janelas altas. Do outro lado do chalé consigo ver uma enorme parede de vidro que tem uma sacada de frente para um lago. Ah sim, a luz natural vem por esse lado.
O telefone vibra em minha bolsa, olho para trás percebendo o aparelho em mãos.
_ Poderia começar a falar, ou quem sabe tirar isso do rosto. Acho que já nos conhecemos intimamente. _ O vejo negar com a cabeça e balançar o telefone.
Pego o meu na bolsa desbloqueando a tela, leio uma pergunta.
"Com fome?"
_ Está tentando ser um bom anfitrião? Então essa é realmente sua casa? _ Levanto a cabeça para encará-lo. Mas logo vejo seus dedos deslizarem habilidosamente pelo aparelho e sua resposta surge em minha tela.
"É um de meus esconderijos, não me respondeu a pergunta."
_ Já comi, não se preocupe. _ Respondo andando até uma poltrona. Sento-me deixando minha bolsa de lado. Ele fica de pé, ainda me estudando e logo outra mensagem chega.
"Como está a dor?"
_ Estou medicada, não se preocupe.
"Pare de falar, não se preocupe, isso é irritante."
Franzo a testa ao ler isso, e me pego revirando os olhos.
"E não revire os olhos"
_ Okay, por que me chamou aqui? _ Pergunto levantando-me. _ Na verdade acho que sei.
