Capítulo 23 - Vislumbre

37 5 0
                                    

Já se passa das nove da noite quando estaciono o carro em frente a padaria

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já se passa das nove da noite quando estaciono o carro em frente a padaria. Desço tremendo de frio, mas ainda preciso fazer algumas viagens para levar minhas caixas. Ao subir a escada com a primeira me sento nos degraus recuperando o fôlego, me dou conta de que não comi nada desde o café da manhã. Desço decidindo ir até a loja, deve ter sobrado alguma coisa, senão farei um lanche rápido e voltarei para finalizar minha mudança.

Abro a porta da loja acendendo a apenas uma das luzes, caminho até a cozinha vendo o que posso fazer que não deixe nada sujo.

Preparo um queijo quente rápido e uma xícara de chocolate quente. Limpo a bancada e sento-me em uma das cadeiras comendo, é estranho estar aqui sem que alguém esteja presente, me sinto uma espécie de ladra. Então térmico meu lanche rapidamente.

Saio da loja recebendo um golpe frio do vento das montanhas, coloco o capuz do moletom pensando no quanto sinto falta da Califórnia. Abaixo-me para colocar a trava de volta na porta, e por fim quando me levanto para trancar a parte superior sou empurrada contra o vidro frio.

_ Tentando invadir? _ A voz pergunta duramente. Segurando meus pulsos resmungo. Tento olhar por cima de ombros, mas ele prende minha cabeça contra o vidro.

_ Você está de brincadeira comigo? _ Pergunto reconhecendo a voz. _ Quem tenta roubar um lugar com a chave!?

Jogo o objeto no chão para que chame sua atenção, e o sinto dar um passo para trás ainda me segurando.

_ O que faz aqui uma hora dessas?

_ Eu trabalho aqui! _ Respondo me livrando de seu punho. Me para encará-lo, ele me examina de cima a baixo, mas não se afasta, deixando-me encurralada contra a porta. A rua está vazia, e nem mesmo vejo sua viatura. _ Você trabalha aqui só até às duas da tarde.

_ É, mas agora moro no andar de cima. _ Aponto para a luz acesa. Vejo sua sobrancelha se arquear, não parece acreditar. Me esgueiro afastando-me e pego a chave de sua mão. Ele ainda está de óculos escuros, o que é bem estranho.

Não querendo prolongar o assunto, vou até meu carro abrindo a mala. Pego uma das caixas caminhando para a lateral da loja, deixei a porta destrancada, então abro empurrando-a com as costas. Subo os lances de escada abrindo a segunda porta e me abaixo deixando-a no chão quando escuto som de passos, vendo a última caixa ser colocada à minha frente.

_ O que pensa que está fazendo? _ Pergunto encarando Nathan em meu quarto.

_ Verificando se está dizendo a verdade. _ Diz pisando em meu tapete.

_ Você vai sujar todo meu quarto! _ Reclamo, mas ele me ignora indo até as janelas.

_ Estou apenas verificando se tudo está dentro da lei.

Volúpia (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora