Capítulo 36 - Obsessão ou amor?

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Não dormi bem à noite me revirando na cama, fiquei repassando toda a nossa conversa

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Não dormi bem à noite me revirando na cama, fiquei repassando toda a nossa conversa.. Ele realmente gosta de mim, o que me soa como algo perturbador, só não posso esquecer que Nathan também é Enrico, e de Enrico eu gosto. Posso não amar, mas gosto mais do que já gostei de muitos caras na vida.

Quando amanhece levanto-me da cama arrumando o quarto e vou ao banheiro tentar arrumar minha aparência. Preciso sair dessa casa, quem sabe andar um pouco.. Visto minhas roupas já limpas deixadas sobre a cômoda perto da janela e quando estou descendo as escadas congelo vendo Nathan dormir no sofá, mesmo a casa sendo sua ele me deu espaço e privacidade. Dou um sorriso bobo ao vê-lo jogado, parece grande demais para o sofá mediano. Em agradecimento, decidi preparar um café da manhã. Silenciosamente começo a preparar panquecas, na geladeira existem frutas vermelhas, isso combina. Também faço café e ovos fritos. Arrumo tudo sobre a bancada que é usada para refeição. Antes que eu possa me dar conta o vejo sentado esfregando os olhos tentando entender o que está acontecendo.

_ Você acordou. _ Sorrio tentando soar amigável. Posso estar sendo doida, mas por ora, passar uma borracha no passado me parece aceitável. Não posso esquecer que mesmo ele sendo Nathan, as duas vezes que fui parar na delegacia ele me livrou, mesmo em meio a suas provocações.

_ Isso é estranho.. _ Fala levantando-se. Me surpreendo ao ver que está apenas de cueca e desvio o olhar arrumando os pratos.

_ Estranho? _ Repito sua palavra quebrando o silêncio.

_ Não lembro da última vez que me prepararam café da manhã, eu devia ter uns 12 anos.

_ O quê? _ Ergo a cabeça sem acreditar e o vejo se aproximar. Coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha quando reparo que ele tem uma ereção matinal. Nathan não parece se incomodar com sua nudez, na verdade nem eu deveria me incomodar. Mas vê-lo assim, me faz lembrar das coisas que fizemos. Porra, eu realmente fiz muita coisa com ele.

_ Aconteceu algo? _ Pergunta puxando o banco e se sentando. Nego com a cabeça sentando-me no banco que fica do outro lado. _ Está vermelha, a febre voltou?

_ Não, hãm.. _ Querendo mudar de assunto pego o garfo servindo algumas panquecas em seu prato. Nathan me encara sem dizer nada, como se eu fosse um animal prestes a fugir.

_ Me diz o que passa em sua cabeça? _ Pede tocando minha mão. Mordo os lábios me decidindo se falo ou não.

_ É estranho.. Eu não deveria ficar com vergonha por te ver assim. _ Respondo apontando para ele sem blusa.

_ Não deveria mesmo.

_ É, e me envergonho mais ainda ao lembrar de tudo que fizemos.

_ Se arrepende? _ Pergunta finalmente provando um pedaço da panqueca. Sua pergunta me pega desprevenida.

_ Eu não sei, quero dizer você sendo Enrico eu não me arrependo, mas Nathan? Droga, eu realmente disse que você nunca me veria nua. Deve ter achado muita graça disso.

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