Capítulo 29 - Diálogo

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Acaricio uma superfície macia, abro meus olhos sem entender e logo encarando uma roupa de cama branca

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Acaricio uma superfície macia, abro meus olhos sem entender e logo encarando uma roupa de cama branca. Não sei bem como cheguei aqui, e nem onde estou.

Ergo a cabeça olhando em volta, e só quando me viro de costas entendo realmente onde vim parar. A visão do lago e o bosque dizem que estou no esconderijo de Enrico. Fragmentos surgem em minha mente, ele veio do nada me levando embora..

Sento-me na cama enrolando meus cabelos, me coloco de pé indo até as grande da escada e espio o andar inferior que parece calmo demais.. Será que ele foi embora e me deixou dormindo? Não seria a primeira vez que faz isso.

Decido ir ao banheiro dar um jeito na minha cara e no meu cheiro. Tiro minha blusa e entro no chuveiro tomando um bom banho quente, me sinto revigorada. Lavo os cabelos e me enrolo nas toalhas que foram deixadas sobre a bancada. Acho que ele sabia que eu ia gostar de tomar um banho para despertar.

Enrolo uma das toalha no cabelo e a outra no corpo e resolvo ir para o andar inferior para descobrir se estou realmente sozinha ou não. A lareira está acesa, as janelas fechadas. E seu casaco não está no gancho perto da porta, caminho até a janela verificando e não acho sua moto, isso significa que ele partiu.

Pego meu telefone deixado na mesinha de centro, verificando a hora cubro a boca com a mão.

_ Como eu pude dormir até o meio-dia? _ A pergunta feita para o nada é respondida com meu estômago roncando. _ Quer vergonha Blanca, que vergonha..

Sendo mais abusada que o aceitável, decidi bisbilhotar sua cozinha. Mas ao chegar no balcão encontro um bilhete e um pano cobrindo algo. Pego o papel lendo a caligrafia cursiva.

"Coma e me espere voltar, se precisar de roupas limpas sinta-se à vontade para explorar meu guarda-roupa."

_ Tão gentil, porque parece que estou levando uma bronca? _ Me pergunto. Tiro o pano achando um prato sobre o outro, me surpreendo por encontrar um bife suculento com purê de batata. A comida parece fria, então uso seu microondas para esquentar. Me sento no banco da cozinha almoçando o que me foi deixado. Sem meu carro não existe a chance de ir e voltar antes dele, na verdade nem sei que horas ele volta.

Lavo minha louça e deixo tudo arrumado, subo as escadas para achar roupas quentes, abro o armário que fica de frente para cama, por mais que eu não queira bisbilhotar me pego abrindo suas gavetas. Não tem muita coisa aqui, então isso deixa claro que essa não é sua CASA, e sim uma delas. Pego um casaco de moletom e um par de meias. É o suficiente por agora.

Arrumo sua cama e me sento no chão de frente para a janela admirando a paisagem. O dia é cinzento mas mesmo assim tudo parece lindo. Alguns cisnes nadam no lago, fico tão fascinada pela paz desse lugar que nem percebo um som repetitivo.

_ Meu telefone! _ Falo colocando-me de pé. Desço as escadas pegando meu aparelho ao lado do de Enrico. O nome de minha tia na tela me deixa apreensiva. _ Oi, tia?

Volúpia (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora