Narradora
No sul da Rússia, mais precisamente na cidade de Sochi, havia um casal tradicional que alugava uma bela fazenda todos os verões. O casal era composto por uma senhora e um senhor de idade avançada. Quem cuidava mais da fazenda era a empregada, seu marido e sua filha. Essa pequena família morava nos fundos da fazenda, onde trabalhavam em troca de moradia e dinheiro. A cidade era pequena e não oferecia muitas opções de entretenimento. No entanto, durante as férias de verão a cidade sempre se enchia de visitantes, pois havia lagos e praias incríveis para serem desfrutados.
E esse verão não seria diferente, ou, seria...
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- Wanda, minha filha, vá ajudar sua mãe na cozinha. Não queremos aqueles velhinhos com fome - Erick soou descontraído, fazendo a jovem rir.
- Ok, pai - ela assentiu e se levantou do chão, batendo levemente em seu vestido para se livrar do feno. Ela estava junto aos cavalos com seu pai enquanto ele dava banho nos animais.
Wanda, aos seus 18 anos, era uma garota criada com firmeza e seguindo estritamente a fé de sua mãe, mesmo que ela não leve muito em consideração ás coisas que a mãe fala. Ela raramente saía da fazenda; tudo o que precisava saber estava ali ao redor, e tudo o que aprendia vinha dos ensinamentos em casa. A vida dela era como um livro fechado, com cada capítulo cuidadosamente escrito por suas raízes rurais e os valores transmitidos por sua família.
- Mamãe, alguém alugou a fazenda dos senhores Smith este verão? - Wanda perguntou ao chegar na cozinha da fazenda, com um olhar curioso.
- Sim, e pelo o que me disseram, é um grupo de jovens. - a mãe de Wanda respondeu com uma expressão preocupada.
- Sério? Da minha idade? - Wanda arqueou as sobrancelhas em surpresa.
- Sim, mas não fique muito animada. Esses jovens da cidade são todos perdidos. - Natalya suspirou, em desaprovação.
- Uau, eles vêm de Moscou, então? - Wanda piscou os olhos, demonstrando curiosidade.
- Muito provavelmente. - acenou com a cabeça, parecendo pensativa.
- Legal. - Wanda sorriu empolgada. Talvez seria uma oportunidade para conversar com gente da sua idade, mas sua mãe parecia preocupada.
- Não, minha filha, não adianta ser rico em dinheiro e ser pobre de alma.- a matriarca franziu a testa, com uma expressão séria.
- Mas a senhora nem os conhece. - Wanda fez um bico, parecendo defender os estranhos.
- Não preciso conhecê-los para saber, infelizmente é a época em que vivemos. Não existem mais jovens como você, querida. - olhou para Wanda com orgulho.
- Como eu? - Wanda ponderou, sua mãe falava como se ela fosse perfeita.
- Sim, obediente, que acredita em Deus, que ouve os pais, pura. Você é meu orgulho, Wanda. - sorriu ternamente para sua filha.
- Obrigada, Mãe. - Wanda forçou um sorriso de volta.
- Certo, agora me ajude. Depois vamos arrumar as malas dos patrões. - Natalya mudou o tom da conversa, com uma expressão determinada, enquanto começava a preparar a comida.
Wanda ajudou a mãe na cozinha e logo foram colocar o almoço dos patrões. Enquanto eles comiam, as duas mulheres foram arrumar as malas deles. Sempre que alugavam a fazenda, viajavam para algum lugar não tão quente, já que não gostavam do verão.
