Wanda G!P
NATASHA ROMANOFF
No turbulento mundo da espionagem, minha existência se definia pelas sombras, pela sutileza e pela capacidade de me adaptar a qualquer situação. Naquele universo implacável da S.H.I.E.L.D, meu nome era apenas uma sombra, um eco murmurado nos corredores escuros do poder.
Meu trabalho como espiã era uma dança perigosa entre o sigilo absoluto e a ação decisiva. Eu operava nas fronteiras cinzentas da moralidade, onde a lealdade era medida em segredos e traições. Minha missão era simples na superfície, mas complexa em sua execução: coletar informações vitais para a segurança do Estado, infiltrando-me em círculos influentes, manipulando mentes e seduzindo alvos.
Minha rotina era um equilíbrio tenso entre identidades múltiplas, cada uma meticulosamente construída para se encaixar em diferentes ambientes. Durante o dia, eu podia ser a elegante empresária, navegando pelos salões de poder com graça e diplomacia. À noite, me transformava na sedutora enigmática, atraindo presas para minha teia de intrigas e decepções.
Cada operação era um jogo de xadrez, onde cada movimento precisava ser calculado com precisão cirúrgica. Eu não podia confiar em ninguém além de mim mesma, pois a menor falha poderia resultar em desastre.
Mas mesmo nas profundezas sombrias da espionagem, havia momentos de dúvida e hesitação. Por trás da máscara imperturbável, eu carregava o peso de minhas escolhas, as vidas que tirei e os segredos que guardei. E sempre que eu pensava que tinha alcançado o limite da escuridão, descobria que havia ainda mais profundezas para explorar.
Mas para que tudo isso? Todas essas habilidades? Me questiono, quase como se estivesse indagando o propósito da minha própria existência naquele momento.
Então, para que tudo isso?
- SE A PORRA DO FURY COLOCOU UMA INCOMPETENTE PRA TRABALHAR COMIGO! - explodi, minha voz ecoando pelos corredores vazios da base da S.H.I.E.L.D. Eu estava revoltada com a escolha de Fury.
Agente Maximoff. O nome ecoava em minha mente como um insulto. Uma verdadeira desgraça para alguém como eu, que sempre me dedico tanto à excelência, à precisão, à eficiência.
Agente Maximoff, o que falar dela?
Um verdadeiro desastre, e o Fury coloca quem pra ir comigo em uma missão? Logo ela!
Minha mente estava em turbilhão, imaginando como seria possível completar uma missão vital com alguém como ela, alguém tão abaixo dos meus padrões.
- Agente Romanoff? - Hill entrou na sala, seu olhar sério contrastando com o sorriso leve.
- Fala Hill, fala! Tem notícias boas pelo menos? - perguntei, meu rosto tenso demonstrando minha impaciência.
- Bom... Agente Maximoff está lá em cima te esperando. - Hill respondeu, um leve brilho de diversão nos olhos.
- INFERNO. - bati na mesa com raiva, meu semblante contorcido em frustração. - O que o Fury tem na cabeça, Hill? Colocar aquela coisa pra uma missão como essa, eu prefiro ir sozinha! - exclamei, os punhos cerrados de indignação.
- Ele disse que quer testá-la em campo novamente. Qual é Nat, ela não é tão ruim assim. - Hill tentou argumentar.
- A não, se eu der uma arma pra ela é capaz de atirar pra trás. - murmurei com desdém.
- Essa raiva toda é por conta das habilidades dela, ou por causa do passado de voc...
- Calada Hill, sem mais um piu. - cortei. - Já estou indo, me deseja sorte e paciência.